fbpx

Cuidado aos doentes deve primar pelo dom da gratuidade

“Recebestes de graça, dai de graça”. Este trecho do Evangelho de Mateus é o tema da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Doente, que se celebra no dia 11 de fevereiro de 2019.

Na Mensagem, o Santo Padre defende que “o cuidado dos doentes precisa de profissionalismo e ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples, como uma carícia, pelos quais fazemos sentir ao outro que nos é «querido»”.

Francisco acentua a questão da gratuidade no dar-se aos outros e explica que dar-se a si mesmo “distingue-se de presentear, precisamente porque inclui o dom de si mesmo e supõe o desejo de estabelecer um vínculo”.

O pontífice afirma que “todo o homem é pobre, necessitado e indigente” e “o reconhecimento leal desta verdade convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência”.

 

O exemplo de Santa Madre Teresa

O Dia do Doente celebra-se de modo solene em Calcutá, na Índia. A propósito, o Papa recorda a figura de Santa Madre Teresa de Calcutá, modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes.

“A Santa Madre Teresa ajuda-nos a compreender que o único critério de ação deve ser o amor gratuito para com todos, sem distinção de língua, cultura, etnia ou religião. O seu exemplo continua a guiar-nos na abertura de horizontes de alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente para as pessoas que sofrem”, refere Francisco.

 

Voluntários: “amigos desinteressados”

O Papa dirige também palavras de agradecimento e encorajamento aos voluntários: “O voluntário é um amigo desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de cuidados para se tornar sujeito ativo e protagonista duma relação de reciprocidade, capaz de recuperar a esperança, mais disposto a aceitar as terapias”.

Segundo o Santo Padre, “o voluntariado comunica valores, comportamentos e estilos de vida que, no centro, têm o fermento da doação. Deste modo, realiza-se também a humanização dos tratamentos”.

 

As pessoas acima do lucro

Francisco faz também particular referência às instituições de saúde católicas, exortando-as “a expressar o sentido do dom, da gratuidade e da solidariedade, como resposta à lógica do lucro a todo o custo, do dar para receber, da exploração que não respeita as pessoas”.

O Papa sustenta ainda que as instituições de saúde católicas “não deveriam cair no estilo empresarial, mas salvaguardar mais o cuidado da pessoa que o lucro”.

Francisco conclui a Mensagem confiando todos a Maria: “Que Ela nos ajude a partilhar os dons recebidos com o espírito do diálogo e mútuo acolhimento, a viver como irmãos e irmãs cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso, a aprender a alegria do serviço desinteressado”.

Atualidade

Meditação Diária

Seleccione um ponto de entrega