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Referendo curdo pode condicionar regresso da comunidade cristã a Nínive

D. Martin Ortega, Núncio Apostólico no Iraque e na Jordânia, receia que o resultado do referendo realizado no final de setembro, favorável à independência do chamado Curdistão Iraquiano, venha a gerar novas tensões na região. “Um outro conflito seria realmente um drama para todos”, explicou o responsável durante a conferência de imprensa para a apresentação do projeto ‘Iraque, o regresso às raízes’, uma proposta de reconstrução das casas da comunidade cristã da Planície de Nínive. “Todos perdem” com uma resposta militar, sublinhou. Deve, portanto prevalecer “o desejo de negociar e de falar”.

Durante a conferência, organizada pela Fundação AIS a 28 de setembro, em Roma, D. Martin Ortega salientou o potencial papel mediador dos cristãos no processo: “Os cristãos, mesmo sendo numericamente minoritários, estão sempre contentes em poder oferecer, como sempre, a sua contribuição para a paz e a estabilidade do país”.

O projeto ‘Iraque, o regresso às raízes’, já comparado ao Plano Marshall, tem o orçamento de mais de 250 milhões de dólares (cerca de 170 milhões de euros) e é coordenado por um Comité para a Reconstrução da Planície de Nínive, que abarca, para além da Fundação AIS, representantes de todas as igrejas iraquianas, técnicos de engenharia, arquitetos e gestores. Uma pequena parte do orçamento foi angariada, essencialmente, através das doações da Fundação AIS, o que permitiu o regresso a casa de cerca de três mil e 200 famílias cristãs, num total de cerca de 14 mil pessoas. Do total de 13 mil habitações ocupadas pelos jihadistas, foram já recuperadas mil e 200 casas e outras 611 encontram-se em fase de reconstrução.

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