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Papa rejeita encobrimento de situações de abuso

O Papa Francisco agradeceu «sinceramente» aos profissionais dos meios de comunicação social que «procuraram desmascarar» os membros da Igreja que cometeram abusos (de poder, consciência e sexuais) e «dar voz às vítimas».

«Mesmo que se tratasse de um único caso de abuso, – que de per si já constitui uma monstruosidade – a Igreja pede que não seja silenciado, mas o tragam objetivamente à luz, porque o maior escândalo nesta matéria é o de encobrir a verdade», afirmou no recente Encontro com os membros da Cúria Romana, na habitual apresentação de votos natalícios.

O Santo Padre lembrou os «momentos difíceis» vividos pela Igreja em 2018 e disse que «as dificuldades internas continuam sempre a ser as mais dolorosas e mais destrutivas».

Segundo o Papa, «a Igreja não poupará esforços, fazendo tudo o que for necessário para entregar à justiça toda a pessoa que tenha cometido tais delitos. A Igreja não procurará jamais dissimular ou subestimar qualquer um destes casos», frisou.

O Santo Padre deixou também uma palavra a quantos abusam dos menores: «convertei-vos, entregai-vos à justiça humana e preparai-vos para a justiça divina».

No Encontro com a Cúria Romana, Francisco lembrou a realização, em fevereiro de 2019, no Vaticano, de um encontro com os presidentes de todas as Conferências Episcopais do mundo, dedicado à proteção dos menores. «Valendo-se também da ajuda dos peritos», a Igreja «questionar-se-á como proteger as crianças; como evitar tais calamidades, como tratar e reintegrar as vítimas, como reforçar a formação nos seminários. Procurar-se-á transformar os erros cometidos em oportunidades para erradicar este flagelo não só do corpo da Igreja, mas também do seio da sociedade».

O Papa focou ainda a «aflição» da «infidelidade daqueles que atraiçoam» a sua vocação, juramento, missão, consagração a Deus e à Igreja; «aqueles que se escondem, por detrás de boas intenções, para apunhalar os seus irmãos e semear joio, divisão e perplexidade».

O Sumo Pontífice recordou a situação dos migrantes, dos que morrem por falta de água, comida e medicamentos, dos mais frágeis, das vítimas da brutalidade e desumanidade e daqueles que são torturados pelas autoridades, nas prisões e em campos de refugiados. Francisco fez também uma referência à «nova era de “mártires”» que se vive na atualidade, falando nos cristãos que «vivem, ainda hoje, em tantas partes do mundo, sob o peso da perseguição, marginalização, discriminação e injustiça». «Mas continuam corajosamente a abraçar a morte, para não renegar a Cristo».

Numa nota mais positiva, Francisco recordou algumas «alegrias» vividas em 2018, nomeadamente «o bom êxito do Sínodo dedicado aos jovens», os «passos realizados até agora na reforma da Cúria» e «os novos beatos e santos».

 

Fontes: Ecclesia e Vaticano

Imagem: Site do Vaticano

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