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Papa a caminho do Congo e Sudão do Sul numa missão de paz

Papa inicia hoje uma das visitas mais importantes do seu pontificado: República Democrática do Congo e Sudão do Sul. Dois países da África Sub-Saariana marcados pela violência e por guerras civis intermináveis. Há 37 anos que a República Democrática do Congo não recebe um pontífice. Já o Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo desde a declaração da independência em 2011, acolhe, pela primeira vez, a visita de um Papa.

A viagem começa em Kinshasa, estando previstos encontros com representantes de instituições, Igrejas e sociedades locais, que incluem um momento com as vítimas da parte oriental da República Democrática do Congo e pessoas deslocadas internamente do Sudão do Sul. Um dos pontos altos da passagem pelo Congo será a Missa no Aeroporto Kinshasa-Ndolo, celebrada no dia 1 de fevereiro, segundo o rito zairense do Missal Romano, em que participará um milhão e meio de pessoas.

No dia 3, o Santo Padre seguirá para o Sudão do Sul, onde permanecerá até dia 5, acompanhado pelo arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields.

Segundo o cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, em entrevista ao Vatican News, a viagem ao Sudão do Sul tem “uma forte conotação ecuménica”, especificando que esta visita acontece na linha da proximidade com as Igrejas e comunidades locais, e “sociopolítica”, na medida em que se espera a reconciliação entre partes, que, por diferentes razões, vivem o drama de milhões de refugiados, guerrilhas e tensões étnicas e políticas.

De acordo com o programa, em Juba, a capital do Sudão do Sul, na margem oeste do Nilo Branco, Francisco encontra-se com o presidente Salva Kiir. Em Juba, destaque para o abraço do Bispo de Roma, no Salão da Liberdade, aos grupos de deslocados internos, reunidos em vários campos, muitas vezes nas bases das missões da ONU. Há mais de 2 milhões de deslocados no país, dos quais 33 mil na área de Juba. Entre elas, as crianças de Bentiu, capital do Estado de Unity, flageladas por enchentes devastadoras e epidemias de cólera.

 

Gestos e encontros que marcam a partida

Hoje, antes de se deslocar para o aeroporto para iniciar esta “peregrinação ecuménica de paz”, como lhe chamou o próprio Papa no Angelus deste domingo, Francisco encontrou-se com uma dezena de migrantes e refugiados provenientes justamente da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul, acolhidos e apoiados, com as suas famílias, pelo Centro Astalli. Com eles estava o prefeito do Dicastério para a Caridade, cardeal Konrad Krajewski.

Ao chegar ao aeroporto de Fiumicino, o carro do Santo Padre parou brevemente na proximidade do Monumento aos Caídos de Kindu, os 13 aviadores italianos mortos no Congo em 11 de novembro de 1961. Às vítimas daquele sangrento massacre e a todos aqueles que perderam a vida participando nas missões humanitárias e de paz, o Santo Padre dedicou uma oração. Deepois seguiu em direção ao avião para a viagem Roma- Kinshasa.

Texto: Redacção/Vatican News

Foto: Vatican News

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