fbpx

Dia 9 | Domingo

Meditação diária

Domingo I da Quaresma – Ano C

O Povo Eleito recordava, em ação de graças, a intervenção de Deus em seu favor, principalmente aquando da libertação da opressão no Egito. E não se limitavam a palavras piedosas, pois ofereciam a Deus as primícias do que colhiam da terra e consagravam ao Senhor o filho primogénito, resgatando-o mediante a oferenda de um sacrifício no templo. Uma bela manifestação de agradecimento (1.ª Leitura). Somos exortados a acreditar na ressurreição de Jesus, a reconhecer que Ele está vivo na Palavra da Boa Nova, a professar a fé no Senhor que não faz aceção de pessoas e escuta a oração de quantos o invocam (2.ª Leitura). Jesus também foi tentado como nós. Não sucumbiu e venceu o maligno, apoiando-se na Palavra da Sagrada Escritura. A sua vitória sobre o mal é um estímulo para resistirmos, com a sua ajuda, às crises a que estamos sujeitos no dia a dia (Evangelho).

Ser tentado não é pecado. As seduções do apego às riquezas, da busca de prestígio e da aspiração ao poder são algo a que todos estamos em risco de sucumbir. Queremos ter e isso pode arrastar-nos para a avareza e para o apego excessivo aos bens materiais, tornando-nos egoístas e incapazes de repartir com os necessitados.

É quase inevitável que quem tem muito deseje sempre possuir ainda mais. E com facilidade as pessoas passam a vangloriar-se da sua fortuna, cultivando a presunção e o sentimento enganador de ser importantes. E que se segue? O orgulho.

Contra esses perigos, os respetivos antídotos: atenção aos menos favorecidos de bens, repartindo com eles algo mais do que o supérfluo; as humilhações que, de uma forma ou de outra, batem a todas as portas; e a humildade, que é a atitude correta perante Deus, conscientes de que d’Ele dependemos, de que nada possuímos que não tenhamos recebido e de que não temos o direito de nos considerarmos ou de nos deixarmos tratar como mais dignos de respeito e consideração do que os nossos irmãos.

Em tempo de Quaresma, fixemos a atenção nas atitudes e nos gestos que nos são propostos pela Igreja: oração mais frequente e intensa, jejum de tudo o que é supérfluo e dispensável, prática da esmola generosa, que seja tradução da caridade inspirada na fé de que Jesus se quis identificar com os «pequeninos». Caminhemos para a alegria da Páscoa, alimentando a fé que nos é oferecida e alcançada mediante a oração. A caridade é fruto do contacto com Deus e traduz-se em serviço aos irmãos. O fruto é a paz. De maneira que: caridade, de dia; à noite, alegria.

Deut 26, 4-10 / Slm 90 (91), 1-2.10-15 / Rom 10, 8-13 / Lc 4, 1-13

Seleccione um ponto de entrega