Sábado Santo – Solene Vigília Pascal – Ano C
O Sábado Santo é dia de reflexão silenciosa, de recordações, de perguntas e de dúvidas que vão ser debeladas. Imaginamos os sentimentos dos discípulos, após a morte do Senhor. Desiludidos, tristes e amedrontados, interrogavam-se: «Como foi possível? Que derrota! E agora?». Recordam as horas felizes com Ele, as peripécias menos agradáveis, o entusiasmo de tantos e a perseguição dos que rejeitavam a sua liberdade soberana. Tinham-no visto rezar, rir e chorar, atento aos pequeninos, às mulheres, a toda a espécie de marginalizados e intocáveis. «Nunca homem algum falou como este homem!»
Jesus prevenira-os, anunciara o que lhe ia suceder, predissera que havia de ressuscitar ao terceiro dia. Era, entre eles e para toda a gente, a bondade de Deus em pessoa. Pedro: «E eu neguei conhecê-lo…!». Judas traiu-o. O grupo dispersou-se. Fugiram!
O Senhor ressuscitou. Jesus é a «Luz do mundo», simbolizado no Círio pascal. É «água viva» a que temos acesso integrados no seu Corpo mediante o batismo administrado ou trazido à memória nesta noite. A liturgia da Palavra lembra as maravilhas operadas por Deus desde a Criação do mundo e culmina com a notícia de que verdadeiramente Ele está vivo. Páscoa significa vida nova, renascida. O Ressuscitado está connosco para sempre. Ele nos conceda alegria e paz e faça de nós evangelizadores da misericórdia e da reconciliação.
Gen 1, 1 – 2, 2 ou 1, 1.26-31a / Slm 103 (104), 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c ou 32 (33), 4-5.6-7.12-13.20.22 / Gen 22, 1-18 ou 22, 1-2.9a.10-13.15-18 / Slm 15 (16), 5.8.9-10.11 / Ex 14, 15 – 15, 1 / Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 / Is 54, 5-14 / Slm 29 (30), 2.4.5-6.11.12a.13b / Is 55, 1-11 / Is 12, 2-3.4bcd.5-6 / Bar 3, 9-15.32 – 4, 4 / Slm 18 (19), 8.9.10.11 / Ez 36, 16-17a.18-28 / Slm 41 (42), 2-3.5; 42 (43), 3-4 / Rom 6, 3-11 / Slm 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 / Lc 24, 1-12