A jornada diocesana do Apostolado da Oração (AO) de Évora juntou, no dia 2 de março, no Seminário Maior daquela cidade, mais de 130 associados e zeladores dos vários centros paroquiais. No encontro, orientado pelo diretor nacional, P. António Valério, sj, foram apresentados os Novos Estatutos e o Regulamento Interno, aprovados pelo Papa Francisco, em 27 de Março de 2018, e o programa comemorativo dos 175 anos do AO.
No âmbito da comemoração dos 175 anos, foram distribuídos os cartazes e os desdobráveis com informação relativa ao Colóquio sobre o Coração de Jesus, a realizar em Fátima, no dia 19 de Outubro, e à Peregrinação Nacional, prevista para o dia 20 de outubro, que coincidirá com o encerramento do Ano Missionário.
A jornada diocesana contou com três sessões de reflexão, orientadas pelo P. António Valério, sj. A primeira teve como tema “A Mensagem quaresmal do Papa Francisco”, que se traduz num convite do Santo Padre à conversão interior, em sintonia com a natureza criada por Deus, através da oração diária, da penitência (renúncia) e da partilha (solidariedade), sem esquecer que a “lógica da Páscoa” é a “lógica da cruz”.
A segunda reflexão centrou-se na exortação apostólica “Alegrai-vos e Exultai”. Neste contexto, foram recordadas as palavras de Jesus: “Se não vos comportardes como crianças, não entrareis no reino dos Céus” e evocado o exemplo dos Pastorinhos de Fátima e de Santa Teresinha do Menino Jesus, que foi associada do Apostolado da Oração.
A terceira e última reflexão incidiu na exortação apostólica “A alegria do Evangelho”, que propõe como lema de vida: a alegria de viver como Jesus e o “oferecimento das obras do dia” como modelo de oração para todo o cristão.
A jornada diocesana terminou na igreja paroquial de São Mamede, com uma Eucaristia presidida por D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo de Évora, e concelebrada pelo diretor nacional, P. António Valério, sj, pelo diretor diocesano, P. Fernando Marques, e pelo diretor dos Centros Paroquiais da Unidade Pastoral de Mora (Mora, Pavia e Cabeção), P. Joaquim Pinheiro.
Na homilia, D. Francisco Senra Coelho realçou que o AO continua bem atual, porque é transversal a todos os “movimentos e sensibilidades eclesiais”, e desafiou todos os associados do AO a serem “ovelhas-pastoras”, à imitação de Jesus o “Bom Pastor”.
Rejuvenescimento do AO de Évora
Em meados do século passado, o AO, fundado em 1844, no Sul de França e introduzido em Portugal em 1864, estava ativo na maior parte das paróquias e constituía um dos principais movimentos da Igreja Católica, juntamente com a Acção Católica. Mas hoje a realidade é bem diferente.
Segundo o P. Fernando Marques, diretor diocesano de Évora, a Arquidiocese tem 158 paróquias, mas só existem Centros ativos do AO em cerca de 30, os quais estiveram presentes, na sua maioria, nesta jornada diocesana. Concretamente: Sé, S. Mamede, S. Brás, Nossa Senhora Auxiliadora e Nossa Senhora de Fátima (Évora), Reguengos, Mourão, Monte de Trigo, Portel, Alcáçovas, Montemor-o-Novo, Mora, Pavia, Cabeção, Redondo, Vila Viçosa (Nossa Senhora da Conceição e S. Bartolomeu), S. Tiago Maior, Estremoz, Elvas, Campo Maior e Fronteira. Registo também a presença de duas paróquias como observadoras: Azaruja e Aguiar.
Apesar desta diminuição, «é com muita alegria» que se começa «a observar um crescente rejuvenescimento do AO» refere o P. Fernando Marques, lembrando que por decisão do Papa, o AO deixou de ser um simples “movimento” e passou a ser uma obra pontifícia, agora com o nome de Rede Mundial de Oração do Papa.