Presente nos Evangelhos de Mateus e Lucas, nas páginas iniciais, José desaparece logo da narrativa e só é referido uma ou outra vez, de forma lateral, em relação com Jesus. Em ‘São José – Os Olhos das Entranhas’, a Autora assume este silêncio, esta ausência e trá-los para a nossa vida: «Cinzenta e anódina na maior parte dos dias e, ao mesmo tempo, essencial na tapeçaria da história da salvação». ‘São José – Os Olhos das Entranhas’ escreve-se com palavras suaves, plenas de significado, ilustrando uma vida simples e silenciosa, como a da maior parte de nós. E lê-se um pouco da mesma forma, silenciosamente, tranquilamente. Mas quando se chega ao fim, sabemos que deixou marcas fundas no nosso interior. Como São José, em Cristo e nos cristãos.