Grito que Deus ouve
Uma re-impressão, com uma capa moderna, de uma obra clássica do catálogo da Editorial AO, e integrada na Colecção Biblioteca de Oração. Este português ibérico, como lhe chamou Unamuno, Teixeira de Pascoaes viu a sua obra largamento divulgada, nomeadamente, em Espanha, França, Itália, Hungria, Holanda, Inglaterra e Alemanha. Dele escreveu em 1950 o poeta suiço Albert Talhof: “Para onde quer que olhe, não descubro nenhum poeta, nenhum génio que tenha tanta importância para a orientação fundamental e espiritual dos tempos vindouros”. O Grito que Deus Ouve. O mundo de Pascoaes é inesperado, paradoxal, instável, telúrico, cósmico, admitindo em estranha convivência a simbologia bíblica e mitológica, bem como os fantasmas do próprio labirinto. O seu verbo é escuro e sibilino, místico no sentido radical da palavra: um canto de quem chama pelo Absoluto, perdido nas trevas! “Vivo num desejo de Deus e creio que nunca fui duro de coração” – palavra de poeta.