No editorial, José Frazão Correia, sj propõe uma leitura do legado do Papa Francisco à luz de três palavras que se tornaram práticas de uso comum nas comunidades cristãs: discernimento, processo e contexto. Uma reflexão que desafia a não cristalizar o estilo do Papa em slogans, mas a torná-lo forma de vida.
Julieta Nim analisa o impacto geopolítico do regresso de Trump à presidência dos EUA e como isso acelera a crise do desenvolvimento sustentável, num texto que nos alerta para o fim de uma era multilateral e solidária. Já Manuel Poêjo Torres conduz-nos pelo abismo humano do conflito no Sudão, num ensaio que não só denuncia a invisibilidade desta guerra como interroga a seletividade do nosso olhar e da nossa ação humanitária.
Austen Ivereigh revisita os 12 anos de pontificado de Francisco como um tempo de conversão e sinodalidade, enquanto João Manuel Silva, sj e Sónia Monteiro repropõem o antigo princípio Ecclesia semper reformanda como chave para uma Igreja una e plural.
Joana Meirim presta homenagem a Adília Lopes, celebrando a epopeia da vida menor que marcou a sua escrita e nos recorda a poesia do quotidiano.
São apenas alguns destaques deste número.