Maio é um mês profundamente simbólico, marcado por duas importantes celebrações: a devoção a Nossa Senhora, e por isso o mês de Maria, e a homenagem às mães, com a celebração do Dia da Mãe. Ambas as ocasiões relevam o papel do amor materno e da proteção, seja no âmbito religioso ou familiar.
Desde o século XVII, maio é dedicado à Virgem Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. A devoção a Nossa Senhora reflete a gratidão e o respeito dos fiéis por Maria, considerada um exemplo de fé, humildade e disponibilidade.
A primavera, com a sua explosão de cores e renascimento da natureza, é frequentemente associada à renovação espiritual e ao triunfo da vida. Maria, na tradição cristã, representa essa esperança e nova vida. O mês de maio, dedicado a Maria, reforça essa ideia de renascimento, lembrando os fiéis da sua importância como guia e intercessora.
O Dia da Mãe, comemorado no primeiro domingo de maio, em Portugal e noutros países, é um momento especial para reconhecer o papel fundamental das mães na vida familiar e social. É uma oportunidade para enaltecer a maternidade e expressar gratidão, carinho e reconhecimento pelo seu amor incondicional.
Este mês convida-nos a refletir sobre o amor materno, seja ele representado por Maria, na fé cristã, ou pelas mães, no dia a dia das famílias. É um período de gratidão e reconhecimento pelo papel essencial das mães na educação e desenvolvimento emocional dos filhos, moldando valores que perduram por gerações.
A maternidade é uma das formas mais puras e intensas de amor. É um laço invisível, mas indestrutível, que une corações para sempre. Ser mãe é doar-se sem medida, é transformar noites em vigílias e cansaço em afeto. É encontrar força, sem saber onde, só para ver um sorriso no rosto do filho. Ser mãe é carregar no olhar a doçura do afeto e na voz a firmeza da proteção. É ser refúgio e porto seguro, mesmo nos momentos mais difíceis.
A maternidade ensina que o amor verdadeiro não exige recompensas; ele expressa-se em gestos quotidianos, no cuidado, na proteção e também no coração a pulsar de orgulho em cada conquista dos filhos. Mãe é vida, é amor, é alegria, é ternura, mas também é dor, é sofrimento, é firmeza, é renúncia.
A maternidade é um vínculo profundo e transformador, um amor que se renova a cada instante. Ser mãe é ver a própria essência expandir-se, multiplicando carinho, proteção e ensinamentos. É um afeto que atravessa o tempo, perpetuando-se nos valores que são transmitidos de geração em geração.
O amor materno não conhece limites; reinventa-se nos desafios diários, ilumina caminhos e aquece corações. Mesmo quando as palavras não são ditas, ele faz-se presente na delicadeza de um toque, na força de um olhar e na certeza de um abraço. É um amor eterno, uma luz que guia, protege e jamais deixa de brilhar. Que o Senhor nos dê essa luz para todos sermos, como as mães, porto de abrigo para os que nos rodeiam.
Graça Pimentel