Domingo XIX do Tempo Comum – Ano C / 1.º Dia da Semana Nacional da Mobilidade Humana
A fé, dom de Deus alimentado pela oração, é luz que ilumina os caminhos da nossa peregrinação rumo a uma pátria melhor. Como sucedeu com Abraão e tantos outros que testemunharam esta entrega ao Deus escondido, tesouro em que repousa o nosso coração.
Preparando o encontro com o Criador, é necessário arregaçar as mangas e labutar arduamente pelo bem dos irmãos, em atitude de «saída» como dizia o Papa Francisco. «Vendei o que possuís e dai-o em esmola». É esta generosidade radical a garantia para conservarmos intacta e não desgastada a nossa bolsa repleta do tesouro imperecível de que não podemos ser despojados: as boas obras praticadas, registadas no «Livro da vida», que Deus recompensará com a superabundância do seu amor.
Deus das surpresas e dos impossíveis é o nosso modelo supremo. Acreditar dá olhos que veem no escuro, faz olhar as pessoas e os acontecimentos com os olhos de Deus. É como subir ao monte e avistar horizontes mais vastos e belos. É o que sucede na oração de louvor, de ação de graças, de petição, de intercessão e de entrega à vontade, sempre amiga, do Pai celeste que nos cumula de ternura e de amor de predileção.
Uma fé assim, resistente às tempestades das dúvidas e da sensação/sentimento de aparente ausência do Senhor, constitui o tesouro que jamais devemos permitir que nos seja roubado ou que perca a energia divina que ilumina o caminhar para Deus, juntamente com aqueles a quem somos enviados em missão de evangelizar, devolvendo-lhes a esperança e a determinação de derrotarem o apego aos bens terrenos, caducos e ilusórios.
Sab 18, 6-9 / Slm 32 (33), 1.12.18-20.22 / Hebr 11, 1-2.8-19 ou Hebr 11, 1-2. 8-12 / Lc 12, 32-48 ou Lc 12, 35-40