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Dia 2 | Domingo

Meditação diária

Domingo VIII do Tempo Comum – Ano C

Os pensamentos que invadem a nossa mente, as palavras que proferimos e o modo como reagimos às provações podem ajudar-nos a conhecermo-nos a nós mesmos e a não julgarmos nem condenarmos o próximo (1.ª Leitura). O caráter efémero da existência terrena confronta-nos com a finitude e a morte. A ressurreição de Jesus dá-nos a garantia de que também somos assumidos por Ele na novidade de um mundo que nem somos capazes de imaginar (2.ª Leitura). Jesus chama-nos a atenção para a cegueira e a hipocrisia de quem se atreve a julgar e condenar o próximo, ignorando os próprios defeitos e esquecendo que só a Deus pertence julgar com divina misericórdia (Evangelho).

Permanecemos aprendizes durante toda a vida. Nas coisas deste mundo e nas questões de fé e compreensão da Palavra de Deus. Cristo é o nosso Mestre insuperável. Após o Lava-pés, na Última Ceia, pergunta aos discípulos se compreenderam aquele gesto de humildade, recordando-lhes ser Ele o Mestre e Senhor, que «o servo não é maior que o seu senhor» e que é bem-aventurado quem imita as ações que Jesus praticou.

Quem tudo compreende, tudo perdoa. Jesus previne-nos: «com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós» (Lc 6, 38). Que direito temos de julgar o próximo? Quanto mais de perto conhecemos as pessoas, mais facilmente as podemos aceitar como são, porque estamos informados da sua história passada e da motivação dos seus defeitos e qualidades. Também nos vamos conhecendo melhor a nós mesmos, verificando que não somos melhores que os outros e que somos hipócritas quando ousamos impor aos demais comportamentos que, pessoalmente, não observamos.

Em geral, condenamos nos irmãos os nossos próprios erros. Somos alunos do Senhor, não podemos ter a pretensão de interpretar a mensagem de Jesus melhor do que o Mestre, que tem «palavras de vida eterna» e que traduziu em atos concretos o que pregou. Irritam-nos e queremos corrigir os argueiros nos outros, ao mesmo tempo que ignoramos a trave que nos cega e que entra pelos olhos alheios.

Condenar seja quem for? No dia do Juízo Final, Deus encarar-nos-á com olhos de amor e bondade, transmissores de confiança, porque conhece o mais profundo do nosso coração.

Não julgar contribui para a mútua reconciliação interior. Vamos procurar desistir de lançar suspeitas sobre os outros e deixar de nos arvorarmos em juízes que condenam os seus irmãos.

Sir 27, 5-8 / Slm 91 (92), 2-3.13-14. 15-16 / 1 Cor 15, 54-58 / Lc 6, 39-45

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