Para a Igreja portuguesa, o V Congresso Eucarístico Nacional é uma oportunidade “para relançar o elã e a esperança; para readquirir uma juventude de alma capaz de renovar a sua proposta e o seu estilo; para viver um sobressalto de futuro aprofundando aquilo que pode significar hoje a Espiritualidade Eucarística”. A afirmação é do Cardeal D. José Tolentino Mendonça, que presidiu este domingo, 2 de junho, à celebração da Eucaristia conclusiva do Congresso, no Sameiro, em Braga.
Na opinião do enviado especial do Papa ao Congresso, “abre-se aqui uma estação de renovação e de caminho. Há uma frescura, há um odor a Evangelho vivo, há uma imaginação do bem, que os nossos contemporâneos esperam da Igreja Portuguesa”.
Segundo D. Tolentino, há três “grandes chamamentos fundamentais” para a Igreja em Portugal: ser uma Igreja eucarística, uma Igreja samaritana e uma Igreja mariana.
Uma Igreja eucarística, explicou, é uma Igreja que coloca Cristo no centro. “É o contrário de uma Igreja clericalista”, “é uma Igreja configurada sinodalmente, que valoriza a participação de todos os batizados, que reconhece o papel do ministério ordenado, que cuida dos seus pastores e os acarinha, que investe nos ministérios laicais, que promove uma cultura eclesial de co-responsabilidade, que lê com profecia o lugar da mulher na Igreja”.
Em segundo lugar, acrescentou o cardeal, a Igreja é chamada a ser samaritana, ou seja, uma Igreja de proximidade, “que atualiza a linguagem da compaixão”, “não indiferente nem esquiva”, mas capaz de fazer suas as “alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e todos aqueles que sofrem”.
Além disso, a Igreja em Portugal é chamada a ser “mariana”, através da gentileza, da contemplação e da beleza a que Maria nos inspira.
Fotografia: DACS – Arquidiocese de Braga