O Papa Francisco preside, no dia 30 de setembro, em Roma, a um consistório para a criação de 21 cardeais, incluindo D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, recentemente nomeado bispo de Setúbal. Portugal passa a ter seis representantes no colégio cardinalício. Para além de D. Américo Aguiar; integram aquele órgão da Santa Sé D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé, todos criados pelo Papa Francisco e eleitores num eventual conclave; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito; e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.
O Colégio Cardinalício tinha, até agora, 222 membros (121 eleitores e 101 com mais de 80 anos). A partir do dia 30 de setembro, conta com representantes de 90 países, dos cinco continentes; 69 nações estão representadas entre os eleitores num eventual Conclave. O grupo dos 137 cardeais com menos de 80 anos vai ficar concentrado (46%) em nove países: Itália (15), EUA (11), Espanha (8), França (7), Brasil (6), Índia (5), Portugal (4), Polónia (4) e Argentina (4).
A história dos cardeais começa por estar ligada ao clero de Roma, mas chega hoje cada vez mais longe. Em 2013, os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total. Desde então, o Papa Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico de África, Ásia e Oceânia.
Segundo o Santo Padre, a proveniência dos novos cardeais “exprime a universalidade da Igreja, que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”. Estas nomeações manifestam a “ligação inquebrável entre a sede de Pedro”, ou seja, a Diocese de Roma, e as “Igrejas particulares espalhadas pelo mundo”.
Redação/Ecclesia
Foto: JMJ Lisboa 2023