Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7 / Slm 79 (80), 2ac.3b.15-16.18-19 / 1 Cor 1, 3-9 / Mc 13, 33-37
No início do Advento somos geralmente tentados a pensar que já sabemos tudo sobre este tempo. Conhecemos bem a história, admiramos os pormenores, construímos Presépios e encenamos peças que nos recordam o nascimento de Jesus. Contudo, será que estamos a viver o tempo que o Senhor preparou para nós?
Falsamente convencidos de que somos todo-conhecedores deste momento, entregamos os nossos corações ao multiplicar de festas, às romagens aos templos de consumo para comprar presentes, à correria de cumprir prazos no trabalho para poder desligar nos dias do Natal.
Isaías e o salmista pretendem arrancar-nos ao turbilhão com os seus gritos de alerta. Eles pedem ao Senhor que rasgue os céus para que o Salvador desça. E nós? Nós construímos abóbodas sobre as nossas vidas, para que dezembro esteja bem arrumadinho e haja lugar para todas as ocupações.
Só se pode conhecer Jesus, só se pode «saber Advento» se levarmos vidas que tenham «sabor a Advento». Peçamos ao Senhor, desde o início deste Advento, que rasgue o céu de chumbo que construímos com as nossas preocupações, centradas no planeamento cirúrgico da agenda, em que pouco espaço deixamos para o Espírito. Vivamos este Advento abertos à surpresa do Senhor que vem.