“Convido a unirem-se a mim na oração para que o Senhor se inspire em todos propósitos de reconciliação e de paz”, exortou o Santo Padre na recitação do Angelus, no Domingo, alertando para as “graves tensões” e para a violência vivida nos últimos dias em Jerusalém.
Pela primeira vez em 48 anos, o acesso à mesquita de Al-Aqsa esteve condicionado, não acolhendo os crentes para as orações de sexta-feira.
A onda de violência gerada afeta não só as comunidades israelitas e palestinianas, mas também as comunidades cristãs, que representam entre 2% e 3% da população. Em declarações ao grupo ACI, P. David Neuhaus, Vigário para os católicos de língua hebraica do Patriarcado Latino de Jerusalém, sublinha que “a maior parte dos cristãos locais são árabes e se veem como membros de um único povo junto com seus irmãos e irmãs muçulmanos. Entretanto, alguns cristãos vivem em áreas judias. Esta divisão se torna especialmente dolorosa quando se intensifica o conflito”. No meio de tantas dificuldades, “os cristãos estão decididos a lutar por sua completa integração na sociedade, seja palestina ou israelita, exigindo os mesmos direitos e o respeito mútuo. Em tempos de conflito, os cristãos são até mesmo mais insistentes em suas orações pela paz”, assegurou o responsável.
Após apelo do Papa Francisco à moderação e ao diálogo entre israelitas e palestinianos, o governo israelita anunciou a remoção de detetores de metal instalados à entrada da mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém. Esta medida foi implementada como resposta ao ataque mortífero de três árabes israelitas a dois polícias na Cidade Velha, a 14 de julho.