Domingo IV do Advento – Ano C
Estamos na reta final do tempo do Advento. Aproxima-se a passos largos o Natal.
O profeta Miqueias anuncia o nascimento do Messias em Belém. E diz desta cidade que «será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o Rei futuro, que será Pastor do seu Povo. Com o seu nascimento, não só trará a Paz, reunindo os filhos de Deus dispersos, como Ele mesmo será a Paz». A missão de Jesus passa pela instauração de um mundo novo que se constrói pela paz, não com a força e a violência. O Reino que Jesus vem para instaurar identifica-se com a união, a humildade e a simplicidade. Celebrar o Natal, mesmo no contexto atual, marcado por tantas guerras que parecem não ter fim, significa acreditar que o amor vencerá. Por isso, estes dias de fim de Advento mostram que o verdadeiro compromisso com a causa da paz passa por construir caminho juntos.
No encontro de Maria e Isabel, como relata o Evangelho de São Lucas, podemos encontrar traços deste caminhar em sinodalidade em duas mulheres que estão para ser mães. Maria traz no seio o Menino Jesus; Isabel é de idade avançada e será a mãe de João Batista. Duas mães que se encontram, que se ajudam, que partilham a alegria da fecundidade.
Olhando para elas, podemos dizer como o autor da Carta aos Hebreus: «Eis-me aqui: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade». Depois deste longo percurso de Advento, a liturgia deste domingo desafia-nos a oferecer a vida com aquilo que carrega de alegrias e tristezas. Disponíveis para colaborarmos no projeto de Deus, caminhamos cientes de que Jesus pode ajudar-nos a dar sentido à vida, renovando-a e enchendo-a de sentido.
Miq 5, 1-4a / Slm 79 (80), 2-3.15-16. 18-19 / Hebr 10, 5-10 / Lc 1, 39-45