Meditação Diária

Dia 14 | Domingo

Domingo III do Advento – Ano A

Lê-se na Carta de São Tiago: «esperai com paciência a vinda do Senhor»; «tomai como modelos de sofrimento e de paciência os profetas, que falaram em nome do Senhor». De novo, temos o apelo à paciência. Mas a que é pedida neste 3.º Domingo é mais exigente do que a que era pedida no 2.º Domingo. No 2.º, associava-se a consolação à paciência. No 3.º, associa-se-lhe também o sofrimento. Quer dizer que a consolação que gostaremos que acompanhe a paciência não pode significar nunca experimentar o sofrimento.

Isaías não esconde as dificuldades do material humano que é chamado ao percurso do Advento. Fala de «terra árida» que precisa de florescer; de «mãos fatigadas» e «joelhos vacilantes» que precisam de ser fortalecidos; de «corações perturbados» a que é preciso dar coragem. Fala da cegueira, da surdez e da mudez que se espera que terminem. Alude, portanto, a uma mudança de situação. Dar-se-á uma libertação; virá a alegria; acontecerá a salvação. Mas é uma mudança que não ignora o ponto de que tantas vezes se parte. Quer dizer que a ação salvadora de Deus é realista; mas também decidida.

Em São Mateus, vemos o palpite de João Batista quanto à efetivação da proximidade de Deus: «És Tu aquele que há de vir?». Dá a impressão que, com o avançar do percurso do Advento, a expetativa humana e o laborar de Deus ficam mais face a face. Do lado humano, está a esperança atenta, a busca paciente. Do lado divino, estão as intervenções que se sucedem com vista à realização dum projeto. O lado humano pode estar confuso. Mas o lado divino não dorme: «Ide contar a João o que vedes e ouvis».

Is 35, 1-6a.10 / Slm 145 (146), 7-10 / Tg 5, 7-10 / Mt 11, 2-11

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