Pelo grito da terra

Setembro 2024 – Intenção do Papa

Rezemos para que cada um de nós ouça com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes ambientais e das alterações climáticas, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo que habitamos.

ORAÇÃO

Pai de bondade,
o grito da terra fere o Coração do teu Filho Jesus,
e diz-nos: “quero misericórdia e não sacrifícios”.
A nossa Casa Comum pede-nos uma mudança
audaciosa e radical do nosso modo de vida.
Precisamos de coragem e de uma santa indignação
para nos comprometermos com uma mudança cultural
que acolha o grito da terra e dos pobres.
Precisamos que o fogo do teu Espírito Santo
arda nos nossos corações,
para contemplarmos e agradecermos,
para acolhermos e cuidarmos,
para nos sentirmos todos um em ti.
Que os nossos gestos de amor e cuidado,
por todos e por tudo,
subam até ti como uma oração universal de adoração,
ação de graças e perdão.
Que o nosso viver diário reflita um estilo de vida
sóbrio, cuidadoso, contemplativo e austero,
que modere a voracidade com que habitualmente tratamos
o mundo e nos tratamos entre nós.
Que acolhamos este grito de auxílio transformando-o,
com as nossas decisões, em melodia amorosa e consoladora. Ámen.

No dia 1 de setembro celebra-se o Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação. Assim, o Papa, durante este mês, pede que rezemos para que cada um de nós ouça com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes ambientais e da crise climática, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo em que habitamos.

A Terra grita, mas só a escutamos quando somos diretamente afetados pelas catástrofes ambientais que todos os anos fazem milhares de vítimas em várias regiões do globo. Como sociedade, contribuímos para a crise climática através das nossas escolhas e agora é nosso dever mudar os nossos comportamentos, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar da Terra.

A encíclica Laudato si centra-se no tema do meio ambiente e na necessidade de os seres humanos cuidarem da terra, a nossa casa comum.

Nela o Papa Francisco, dirigindo-se a toda a humanidade, pede uma «revolução cultural audaz» (114) para lidar com os desafios urgentes que o nosso planeta enfrenta, incluindo as alterações climáticas, a contaminação e a perda de biodiversidade.

Nesta carta, o Papa afirma que «uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres».

O melhor ponto de partida de todo este processo é a conversão pessoal. Esta conversão implica uma mudança de mentalidade e de atitude, que se deve refletir numa mudança correspondente nos nossos hábitos e estilo de vida. Ao mesmo tempo, o Papa diz-nos que «a conversão ecológica, que se requer para criar um dinamismo de mudança duradoura, é também uma conversão comunitária» (219).

ATITUDES

Cuidar da casa comum
Que gestos concretos queres fazer para cuidar do espaço que habitas, que também é o dos teus irmãos e o da criação inteira?

Escutar a dor
Contempla, na dor do meio ambiente e dos irmãos, a oportunidade de fazer algo por eles. O que está ao teu alcance?

Cuidar da vida (ar, água, seres vivos)
Expressas a tua fé e a tua relação com Deus cuidando e protegendo a natureza e as pessoas que Ele te confiou?

Comprometer-se pessoalmente
 Escreve um propósito que manifeste o teu desejo de cuidar do meio ambiente e das pessoas que Deus te confiou.

Mobilizarmo-nos com outros
Há algo na tua maneira de consumir que possas melhorar, para não gerar resíduos nem gastos prejudiciais para a natureza e para os outros?

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