Pelas vítimas de abusos

Março 2023 – Intenção do Papa

Rezemos por quantos sofrem por causa do mal cometido por parte de membros da comunidade eclesial: para que encontrem na própria Igreja uma resposta concreta às suas dores e aos seus sofrimentos.

ORAÇÃO

Jesus Cristo, Príncipe da paz,
manso e humilde de coração,
ensina-nos a forjar um coração como o teu.
Envia o teu Espírito Santo
aos nossos pensamentos
para que não nos deixemos seduzir
pela cultura do conflito.
Que o seu abrasador Amor
incendeie os nossos corações
e nos guie até à cultura do encontro,
da não violência, visível nas nossas decisões,
nas nossas ações, no cuidado pelo outro.
Ajuda-nos a perceber que a não violência
concretiza-se na nossa vida,
nos pensamentos, palavras e ações
que dirigimos aos nossos irmãos e irmãs.
Dá-nos a coragem de um estilo pacífico,
que procura o encontro, o diálogo, a aceitação da diferença
e a não violência diante de toda a dificuldade.
Coração de Jesus,
dá-nos um coração semelhante ao teu!
Ámen.

A intenção do Papa Francisco para o mês de março vai ao encontro de um tema sensível que temos vindo a conhecer nos últimos anos: os abusos dentro da Igreja, sejam eles abusos de consciência, de poder ou sexuais. É uma realidade dolorosa para a Igreja de Cristo, chamada a ser uma comunidade de fé, esperança e amor, que comunica aos homens os frutos da salvação. «O abuso de homens e mulheres da Igreja é uma monstruosidade», diz claramente o Papa.

Neste mês, o convite que nos é feito é de rezarmos por quem sofre este mal cometido por parte de membros da Igreja. Mas a intenção vai mais longe e pede para que se reze pela própria comunidade eclesial, para que encontre em si uma resposta concreta às dores e aos sofrimentos destas pessoas.

A Igreja é «chamada a combater este mal que atinge o centro da sua missão: anunciar o Evangelho aos pequeninos e protegê-los dos lobos vorazes. O objetivo da Igreja será ouvir, tutelar, proteger e tratar os menores abusados, explorados e esquecidos, onde quer que estejam», diz o Papa Francisco.

É necessário criar espaços para escutar e acolher com respeito e verdade as vítimas. Ao mesmo tempo, é preciso estas encontrem no seio da Igreja quem as ouça e ofereça uma resposta concreta à suas dores e ao seu sofrimento. A Igreja tem ainda de saber curar as feridas do mal provocado através de medidas concretas e eficazes. No início do seu pontificado, que completa este mês dez anos, o Papa já dizia que aquilo que a Igreja mais precisa é de curar feridas e aquecer o coração dos fiéis.

ATITUDES

– Criar espaço para os que sofrem abusos:
Ter um coração disponível para a escuta.

– Escutar:
Dar tempo ao outro para que partilhe o que vive.

– Acolher:
Empenhar-se na ajuda às vítimas de qualquer tipo de abuso.

– Dar resposta à dor:
Aliviar o sofrimento do próximo.

– Curar feridas:
Concretizar com gestos de compaixão.

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