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Vaticano apresenta guia para cimeira

O Vaticano publicou um ‘guia’ para o inédito encontro de presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo, sobre os abusos sexuais e a proteção de menos na Igreja, com início marcado para quinta-feira, dia 21 de fevereiro.

O documento destaca que “ouvir aqueles que foram abusados sexualmente por clérigos e entender a sua dor é o ponto de partida essencial para qualquer compromisso”, pelo que que estes testemunhos “são uma parte importante do encontro”.

Antes do encontro de quatro dias, foi pedido aos responsáveis dos vários episcopados que preparassem a reunião, ouvindo algumas vítimas, a fim de se “perceber a gravidade do problema no seu próprio território”.

A cimeira convocada pelo Papa começa, na quinta-feira de manhã, com um vídeo que apresenta o depoimento de cinco vítimas; até sábado, num dos momentos de oração da noite, uma vítima apresenta o seu testemunho, ao vivo. “Além disso, durante a reunião, os presentes serão instados a ouvir as vítimas de maneira habitual e permanente”, adianta o Vaticano.

 

Institutos Religiosos unidos ao Papa

Entretanto, os responsáveis mundiais dos Institutos Religiosos masculinos e femininos da Igreja Católica uniram-se, em comunicado, ao apelo do Papa pela erradicação dos abusos sexuais.

“O abuso de crianças é um mal em qualquer altura e lugar: este ponto não é negociável”, assinala o texto subscrito pelas Uniões de Superiores e Superioras Gerais.

Os responsáveis assumem a intenção de identificar erros do passado e denunciar “qualquer abuso de poder”.

“Inclinamos as nossas cabeças com vergonha ao perceber que esse abuso ocorreu nas nossas Congregações e Ordens e na nossa Igreja. Aprendemos que os abusadores deliberadamente escondem as suas ações e são manipuladores”, referem.

Os responsáveis mundiais dos Institutos Religiosos admitem que a resposta das pessoas em posição de autoridade, perante estes casos, “não foi o que deveria ter sido”. “Não souberam ver os sinais de alerta ou não os levaram a sério”, pode ler-se.

As Uniões de Superiores e Superioras Gerais deixam ainda uma “mensagem aos sobreviventes”, milhares de vítimas de abusos em todo o mundo.

Os religiosos e religiosas admitem que esta “é uma história que se tem prolongado por décadas, uma história de imensa tristeza para aqueles que sofreram este abuso”

A declaração defende “uma cultura de proteção” e refere que a liderança do Papa Francisco é “chave” para encontrar o caminho de saída desta crise.

“Ele mostrou o caminho em muitas destas áreas, tem reconhecido a dor e culpa, reuniu-se com sobreviventes, reconheceu os seus próprios erros e a necessidade de aprender com esses sobreviventes”, indicam os responsáveis.

“Pedimos desculpas a todos pelos nossos erros e renovamos o nosso apoio ao Santo Padre. Comprometemo-nos a intensificar os nossos esforços para trabalhar com ele, para que a Igreja possa avançar de uma forma coerente, credível e solidária; de forma verdadeiramente curadora, sinceramente renovada, com novos olhos para ver e novos ouvidos para ouvir”, conclui o comunicado.

 

Texto: Redação/Ecclesia

Foto: Vatican.va

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