Domingo, 30 de abril, inicia-se a Semana de Oração pelas Vocações. Este ano, o Papa centra a Mensagem para esta Semana na «dimensão missionária da vocação cristã» e assinala que todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho.
«O discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada», «é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo», afirma Francisco, reforçando que «o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé».
O Santo Padre volta a lembrar, como já fez em outros momentos, que os sacerdotes e as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração «são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para permitir que a ternura de Deus transborde a favor dos homens».
«A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13, 44)», acentua Francisco.
O Papa reconhece que há muitas interrogações quando se fala da missão cristã: «Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão?» As respostas a estas questões, segundo Francisco, encontram-se «contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27)».
O Santo Padre chama ainda a atenção para a importância de «cultivar uma amizade íntima com o Senhor» através da oração. «Não poderá jamais haver pastoral vocacional, nem missão cristã sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, “lugar” privilegiado do encontro com Deus».
Francisco conclui a sua Mensagem com um pedido às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: «sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximarem dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus».26