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STOP!

Na estrada, como condutores ou passageiros, e nos passeios e passadeiras, enquanto peões, somos muitas vezes confrontados com situações que vão contra as regras de trânsito, estabelecidas no Código da Estrada, ou contra as noções mais básicas de respeito pelo outro, que a vivência em sociedade implica. Se calhar, até nós próprios já cometemos uma ou outra irregularidade.

Vemos condutores a conduzir enquanto utilizam o telemóvel (tendo menos segurança na realização de qualquer manobra, menos capacidade de reação e menos atenção às situações que surgem na estrada…), a ultrapassar os limites de velocidade estabelecidos, a transpor linhas contínuas, a passar semáforos vermelhos e a realizar manobras perigosas… Vemos pessoas a parar e estacionar onde lhes apetece e dá jeito, nem que isso implique que vários automobilistas fiquem impedidos de circular por vários minutos… Vemos peões a atravessar a passadeira com o sinal vermelho ou sem prestar a devida atenção ao trânsito porque vão distraídos com o telemóvel, por exemplo.

Situações destas dão muitas vezes origem a acidentes, de maior ou menor gravidade, que prejudicam não apenas os prevaricadores mas também outros utilizadores da via pública, vítimas da falta de civismo e do desrespeito pelas regras, por parte daqueles que parecem esquecer o sentido de uma vivência em sociedade.

Num encontro com a Polícia rodoviária e ferroviária italiana, em novembro do ano passado, o Papa Francisco afirmou que «é preciso ter em consideração o escasso sentido de responsabilidade por parte de numerosos motoristas, que muitas vezes parecem não dar-se conta das consequências até graves da sua desatenção (por exemplo, com o uso impróprio dos telemóveis) ou da sua imprudência».

«Isto é causado por uma pressa e por uma competitividade assumidas como estilo de vida, que tornam outros motoristas obstáculos ou adversários a superar, transformando as estradas em pistas de “fórmula 1” e a linha do semáforo na partida de um grande prémio».

Tal como o Papa refere, «as multas não são suficientes para aumentar a segurança, mas é necessária uma ação educativa, que suscite maior consciência sobre as responsabilidades que temos em relação a quantos viajam ao nosso lado».

Ser condutor ou ser peão é uma oportunidade de excelência para definirmos prioridades, em relação ao uso do tempo, ao cuidado connosco próprios e no crescimento da sensibilidade para com os outros. Não seria tudo mais fácil se, não olhando apenas para o próprio umbigo, condutores e peões centrassem a sua conduta na frase bíblica «Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mateus 22, 39)?

Cláudia Pereira

Fotografia de: Jagtar Singh – Unsplash.com

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