Celebra-se hoje, dia 20 de junho, o Dia Mundial do Refugiado, uma iniciativa das Nações Unidas a que o Papa Francisco se associa, pedindo aos Estados “responsabilidade e humanidade” no acolhimento a quem deixa o seu país.
“Desejo que os Estados envolvidos nestes processos cheguem a um entendimento, para assegurar, com responsabilidade e humanidade a assistência e a proteção a quem é forçado a deixar o seu próprio país”, disse o Santo Padre após a recitação do Angelus.
Francisco sublinhou que o Dia Mundial do Refugiado tem como objetivo “chamar a atenção para os que vivem muitas vezes com grande ansiedade e sofrimento”, homens e mulheres “obrigados a fugir da sua terra, por causa de conflitos e perseguições”.
O Papa lembrou ainda que esta celebração “chega no meio de consultas entre governos para a adoção de um Pacto Mundial para os refugiados”, bem como um Pacto para a Migração segura, ordenada e regular.
“Cada um de nós é chamado a estar próximo dos refugiados, a encontrar com eles momentos de encontro, a valorizar o seu contributo, para que também eles se possam inserir melhor nas comunidades que os recebem”, acrescentou.
Francisco já tinha apelado ao acolhimento dos que deixam a sua terra em busca de “pão e de justiça”, criticando quem os quer deixar “à mercê das ondas”, numa referência indireta à polémica com o navio ‘Aquarius’, impedido de atracar em Itália e que seguiu depois para Valência, Espanha.
A propósito do Dia Mundial do Refugiado, a confederação internacional da Cáritas promove esta semana uma campanha de sensibilização a favor dos migrantes e refugiados, com a participação de Portugal. A “Semana Global de Ação” insere-se na iniciativa ‘Share the Journey’ (Partilhe a Viagem), inaugurada pelo Papa em setembro de 2017.
Em Portugal, as comissões Justiça e Paz da Igreja Católica publicaram uma mensagem conjunta sobre o acolhimento aos refugiados, pedindo “abertura e generosidade” à sociedade e aos responsáveis católicos.
“As migrações são, nas sociedades globalizadas de hoje, um fenómeno incontornável. Se forem reguladas com prudência, mas também com abertura e generosidade, podem contribuir para o desenvolvimento económico e social dos países de proveniência e dos países de destino dos migrantes”, assinala o texto.
Na mensagem, intitulada “Refugiados, migrantes e fraternidade universal”, lê-se que o acolhimento de refugiados e migrantes “decorre das exigências do amor cristão e da consciência da fraternidade universal”.
Redacção/Ecclesia