Por estes dias, há um só assunto a dominar o mundo: o COVID 19. Dominar no verdadeiro sentido. O novo coronavírus surgiu na China mas rapidamente e de forma silenciosa trepou fronteiras e alastrou-se um pouco por todo o mundo. De repente, milhões de pessoas passaram a ter a sua vida e a dos seus familiares sob ameaça. Como em tempos de guerra, as orientações são para um recolher obrigatório.
Portugal entra hoje em estado de emergência, dada a subida do número de casos suspeitos e de infetados. Todos estamos obrigados a ficar em casa, a estancar o frenesim em que a maioria de nós vive, a limitar, ao mínimo, os contactos sociais e até familiares.
Que vírus tão poderoso este que tão facilmente nos confronta com a nossa fragilidade e a nossa condição de simples mortais! O COVID 19 não quer saber de raças, credos ou cores. Não distingue pobres de ricos. Tanto viaja em primeira classe, como em classe turística. O objetivo imediato parece ser mandar parar a terra.
Agora fechados (quero crer que todos estão a ser responsáveis e cuidadosos), mais do que procurar causas ou culpas, é tempo de aprendermos a lidar com este novo tempo; de nos organizarmos, com serenidade, paz e alegria, num novo espaço, mais voltados para a família; de repensarmos o valor de gestos e atitudes, como beijar, tocar, abraçar, estar próximo, tantas vezes banalizados. Próximos ou distantes, é hora de cuidarmos uns dos outros, na certeza de que estamos todos no mesmo barco e de que temos de encontrar o melhor caminho. Para nós, para os outros, para o planeta. Cuidemo-nos!
Elisabete Carvalho