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Papa no Egito para fortalecer diálogo ecuménico e com o mundo islâmico

O Papa Francisco está dias 28 e 29 no Egito, para uma viagem que pretende fortalecer o «diálogo inter-religioso com o mundo islâmico» e o diálogo ecuménico com a Igreja Copto-Ortodoxa. Uma ideia expressa numa mensagem vídeo que o Santo Padre gravou antes desta deslocação, uma deslocação de pouco mais de 24 horas, considerada de risco, após os recentes atentados contra os cristãos. Apesar disso, o Santo Padre não se vai deslocar em viatura blindada e não haverá preocupações adicionais relacionadas com a segurança. «O Papa, mesmo após os atentados recentes no Egito, confirmou a sua vontade de visitar o país como sinal de proximidade», afirmou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Greg Burke.

«Está sereno, não é ingénuo, conhece a situação no Egito, sabe o que aconteceu com os coptas nos últimos anos, especialmente durante o Domingo de Ramos, mas quer dar também um sinal positivo», frisou o responsável.

Na mensagem vídeo que gravou por ocasião da viagem, Francisco mostra o desejo de a visita ser encarada como «um abraço de consolação e encorajamento a todos os cristãos do Médio Oriente» e como «uma mensagem de amizade e estima a todos os habitantes do Egito e da região». É também uma «mensagem de fraternidade e reconciliação para todos os filhos de Abraão», dirigida particularmente «ao mundo islâmico», que ocupa «lugar de destaque no Egito».

E deixa um apelo à paz, no Egito e no resto do mundo: «o nosso mundo, dilacerado por uma violência cega, que feriu também o coração da vossa amada terra, precisa de paz, amor e misericórdia; precisa de obreiros de paz e de pessoas livres e libertadoras, pessoas corajosas que saibam aprender do passado para construir o futuro sem se fechar nos preconceitos; precisa de construtores de pontes de paz, de diálogo, de fraternidade, de justiça e de humanidade».

O Papa Francisco chega ao Cairo pelas 13h00 (hora de Portugal continental), dirigindo-se para o palácio presidencial, onde é recebido pelo presidente al-Sisi e o grão-mufti da Universidade al-Azhar, Ahmed al-Tayeb. Depois dos discursos de boas-vindas, Francisco e al-Tayeb discursam para os participantes de uma conferência sobre a paz, que decorre na al-Azhar e que pretende criar uma nova plataforma de diálogo entre cristãos e muçulmanos.

Ainda na sexta-feira, o Santo Padre encontra-se com as autoridades locais e com o patriarca da Igreja Ortodoxa Copta, o Papa Tawadros II, havendo lugar a discursos de ambos os líderes religiosos.

Sábado é celebrada missa para a pequena comunidade católica do país (os 10 milhões de cristãos egípcios são maioritariamente ortodoxos), seguindo-se o almoço com os bispos do Egito e um encontro de oração com religiosos e o clero egípcio.

Um dos aspetos mais impressionantes desta viagem é o facto de estarem juntos no Cairo, dia 28, o Papa Francisco, o Papa Tawadros II da Igreja Copta Ortodoxa e o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla, ou seja, os líderes das três maiores comunhões cristãs do mundo. Esta é a primeira vez que tal acontece, sendo um facto de elevada importância ecuménica.

 

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