Papa Leão XIV: “As religiões sejam fermento de unidade num mundo fragmentado”

No mês de outubro, em que se assinala o 60.º aniversário da declaração conciliar Nostra aetate, o Papa Leão XIV dedica a sua intenção de oração à colaboração entre as diversas tradições religiosas. O Santo Padre pede que as religiões não sejam usadas como “arma ou muro”, mas vividas como “ponte e profecia”, num mundo marcado por divisões e conflitos.

Na nova edição d’O Vídeo do Papa, o Papa recorda que o compromisso pelo diálogo não é apenas tarefa de líderes ou teólogos, mas responsabilidade concreta de cada fiel, no dia a dia.

O vídeo intercala referências a marcos históricos do diálogo inter-religioso, como o encontro de Assis promovido por João Paulo II (1986), a assinatura do Documento sobre a Fraternidade Humana em Abu Dhabi (2019) ou os encontros ecuménicos recentes no Vaticano, com exemplos locais e atuais, como a celebração inter-religiosa em Singapura organizada pela Cáritas em abril deste ano, ou a iniciativa “Uma só família humana”, do Movimento dos Focolares, em 2024.

A intenção do mês inscreve-se no contexto das comemorações dos 60 anos da declaração conciliar Nostra aetate, que transformou a relação da Igreja Católica com as outras religiões, promovendo respeito, estima e caminhos de cooperação. O Papa Leão XIV recorda que os crentes não têm “receitas prontas” para todos os problemas, mas possuem um grande tesouro comum: a oração, força capaz de sustentar a busca de paz, justiça e fraternidade.

Para o Pe. Cristóbal Fones, sj, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, esta intenção dá continuidade a um percurso já consolidado: “O diálogo inter-religioso está presente de modo significativo e recorrente nas intenções de oração dos Papas. A intenção de outubro de 2025 insere-se também neste percurso”. O jesuíta sublinha, ainda, que não são apenas os grandes encontros que contam: “Os encontros entre líderes dão visibilidade e esperança”. Todavia, a colaboração constrói-se também “na vida vivida todos os dias”.É desta forma que “os que crêem se tornam artesãos de paz e de fraternidade”.

No horizonte do Ano Santo 2025, o Papa pede que esta oração seja também parte do caminho jubilar, ajudando os crentes a redescobrir a fé como fermento de unidade num mundo fragmentado.

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