O Sumo Pontífice da Igreja Católica e os Patriarcas e líderes das Igrejas Orientais juntaram-se em Bari, no sul de Itália, mais uma vez em nome da paz e para pedir paz, sobretudo para o Médio Oriente.
“A guerra é filha do poder e da pobreza. Vence-se renunciando às lógicas da supremacia e erradicando a miséria. Muitos conflitos são fomentados também pelos fundamentalismos e os fanatismos, que, em nome da religião, blasfemam contra o nome de Deus, que é Paz”, afirmou o Papa, lembrando a Síria, no final do encontro ecuménico, que decorreu na Basílica de São Nicolau.
Francisco referiu que “a violência é sempre alimentada pelas armas” e que “não se pode falar de paz, enquanto houver corrida ao rearmamento”.
Para o Papa, “esta é uma gravíssima responsabilidade, sobretudo das Nações mais poderosas”. Francisco pediu que “a lição de Hiroshima e Nagasaki não transforme as terras do Oriente, onde nasceu o Verbo da Paz, em obscuros silêncios”.
“Basta usar o Oriente Médio para lucros alheios. A guerra é o flagelo que acomete tragicamente esta amada região e as suas vítimas são sempre a gente simples”, sustentou, assinalando que “é essencial que os detentores do poder se ponham, final e decididamente, ao serviço autêntico da paz e não dos próprios interesses”.
O Santo Padre falou também de Jerusalém, defendendo que “somente uma solução negociada, entre israelitas e palestinianos, firmemente desejada e favorecida pelas Nações Unidas, poderá contribuir para uma paz estável e duradoura e garantir a coexistência de dois Estados para dois Povos”.
Foto: Vatican News