Hoje, 20 de junho, é Dia Mundial dos Refugiados, uma data promovida pela ONU – Organização das Nações Unidas, que este ano tem como tema “Com os refugiados. Hoje, mais do que nunca, temos de estar ao lado dos refugiados”.
O Papa associou-se à celebração deste dia, pedindo orações pelas pessoas que fogem da violência e das perseguições, bem como por aquelas que perderam a vida durante a viagem de fuga para um destino de paz.
«Que a atenção concreta vá para as mulheres, homens, crianças em fuga dos conflitos, violências e perseguições. Recordemos também na oração os que perderam a vida no mar ou em extenuantes viagens em terra», apelou Francisco, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a oração do Angelus.
O Santo Padre deixou votos de que estas histórias de «dor e esperança» se transformem em «oportunidades de encontro fraterno e verdadeiro conhecimento recíproco».
«O encontro pessoal com os refugiados dissipa medos e ideologias distorcidas», abrindo espaço a «sentimentos de abertura e à construção de pontes», sustentou.
Na linha de pensamento e exortação do Papa, recordamos o testemunho de uma voluntária, Rita Sacramento Monteiro, que trabalhou com refugiados em Lesbos, na Grécia, e em Ragusa, Itália:
O campo onde tudo se vai decidir em relação ao drama atual dos homens, mulheres e crianças deslocados é o campo do amor. Sobretudo deve ser o campo do amor. Se não for este o campo, jogaremos no campo onde jogam aqueles que criticamos, aqueles de quem temos medo.
Como diriam os meus amigos voluntários, “Sveglia Europa!” – Acorda, Europa! Acordem, europeus! Acordemos todos, mas não para gritar por gritar. Não para disparatar. Mas por amor e com amor.
E acrescenta:
Se tivermos medo deles [refugiados], é porque temos medo de nós. Medo de sermos humanos. E se tivermos medo disso, bom, se tivermos medo disso, pobres de nós.
O secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana da Igreja Católica em Portugal espera que este Dia Mundial dos Refugiados possa «animar» quem até agora se mostrou receoso no acolhimento de quem foge da guerra e perseguição.
Dados divulgados pela ONU mostram que o número de pessoas forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com «65,6 milhões de deslocados internos ou refugiados».
Texto: Redacção/Ecclesia