Temos vindo, ao longo desta semana, a refletir sobre as nossas cegueiras, todos os entraves que nos impedem de acolher o Senhor, de reconhecer a vida de Jesus em nós e de vislumbrar o caminho que conduz à Luz. No seguimento desta meditação, a liturgia desta sexta-feira impele-nos para a questão do reconhecimento do Pai em Jesus, ou seja, reconhecer a Graça de Deus através da contemplação da vida de Jesus. Este reconhecimento, por vezes, não é claro para nós, nem recebido por nós na nossa vida, como refere o Evangelho: “Teriam os chefes reconhecido que Ele é o Messias?”, e ainda: “nós sabemos de onde é este homem, e, quando o Messias vier, ninguém sabe de onde Ele é”. Estas pessoas veem Jesus mas não O “reconhecem”, não veem quem Ele realmente é. Mostram-se cegas e fechadas à sua Palavra, ao seu exemplo e, portanto, a Deus Pai, Àquele que enviou o próprio Jesus, como Ele mesmo refere. Este reconhecimento do Senhor nas nossas vidas depende do modo como conseguimos ultrapassar as nossas cegueiras e abrir-nos à Graça, que é Dom santificante, que transforma de modo integral as nossas vidas.
Oração
Senhor,
dá-me a Graça de Te reconhecer
a cada momento da minha vida,
de me enamorar de Ti
e da Vida que Tu espalhas em teu redor
e de ver em Ti o rosto do Pai,
Senhor da Misericórdia.
Desafio da Semana – para reter no coração
Refere o Papa Francisco: “Celebrar o sacramento da Reconciliação significa ser envolvido num abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai”.