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Não param atentados contra os cristãos

Depois de um domingo de Páscoa sangrento no Sri Lanka, com 293 mortos, na sequência de um conjunto de ataques a igrejas e hóteis, este domingo a violência contra os cristãos voltou a ganhar forma no Burkina Faso. Um grupo terrorista matou seis pessoas, entre as quais o padre, numa igreja católica no norte do país. É o segundo atentado contra uma igreja cristã em cerca de duas semanas.

Os fiéis começaram a sair da igreja cerca das 9h00 locais, menos uma hora em Lisboa, quando um grupo de 20 homens os cercou e começou a disparar, disse à Reuters, o presidente da Câmara de Dablo, que testemunhou o ataque.

De seguida, o grupo de atacantes incendiou a igreja, pilhou a farmácia e outras lojas da cidade e fugiu de automóvel. Já no final de abril, houve um ataque do mesmo género contra uma igreja protestante em Silgadji, na província de Soum (no norte do país), que resultou na morte do pastor e de cinco fiéis.

No Burkina Faso, 55% a 60% da população é muçulmana e 20% a 25% é cristã, de acordo com os dados do Departamento de Estado dos EUA, citados pelas Reuters.

 

Cristãos: os mais perseguidos

O último relatório da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que analisa a situação da liberdade religiosa em 196 países, entre junho de 2016 e junho de 2018, mostra que o cristianismo é a confissão religiosa mais perseguida no mundo.

As conclusões são claras: nos últimos dois anos, 75% das perseguições religiosas foram contra cristãos e a situação dos grupos religiosos minoritários deteriorou-se em 18 dos 38 países onde há violações significativas da liberdade. Alguns são já referências habituais nos relatórios da instituição.

“Houve um declínio acentuado na China e na índia, mas na Coreia do Norte, Arábia Saudita, Iémen e Eritreia, a situação já era tão má que dificilmente poderia melhorar”, referiu Catarina Martins Bettencourt, responsável pela AIS em Portugal, aquando da apresentação do relatório.

Uma das novidades é que a Rússia e o Quirguistão aparecem pela primeira vez na categoria ‘Discriminação’. “São países onde só se pode falar de religião se tiver a ver com o grupo maioritário, todas as outras religiões são perseguidas. Muitos dos missionários católicos foram obrigados a sair”, realçou Catarina Martins.

“Aos olhos dos governos e da comunicação social ocidentais a liberdade religiosa está a cair nos rankings de prioridades dos direitos humanos, sendo eclipsada pelas questões de género, sexualidade e raça”, refere o relatório, que lamenta que a maioria dos governos europeus tenha falhado na assistência aos migrantes, alimentando a desconfiança em relação a quem chega. “A Europa quis apagar as suas raízes cristãs da Constituição, para não ferir suscetibilidades, mas quando apagamos as nossas raízes colocamos em causa a nossa própria sobrevivência”, acrescenta Catarina Martins.

 

Foto: Vatican News

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