Discute-se e vota-se amanhã, 29 de maio, na Assembleia da República, a legalização da eutanásia em Portugal. Nos últimos meses, partidos políticos, representantes da área da saúde, movimentos da sociedade civil e cidadãos a título individual tomaram posições e pronunciaram-se publicamente sobre o assunto. No entanto, não houve um debate alargado, esclarecedor, representativo e integrador dos diferentes pontos de vista. Agora, “a nossa vida” está nas mãos dos deputados, cuja votação final é posteriormente confirmada, ou não, pelo Presidente da República. Mas ainda estamos a tempo de nos manifestarmos. Hoje, nas vigílias que acontecem um pouco por todo o país; amanhã, a partir das 13h00, junto ao Palácio de São Bento, em Lisboa.
Da Holanda e da Bélgica, países que legalizaram a eutanásia, têm chegado muitos alertas, principalmente por parte daqueles que inicialmente eram os maiores defensores desta opção, no sentido de em Portugal não se abrir este caminho perigoso e sem retorno.
Um estudo apresentado, este mês, pela Plataforma Pensar&Debater, sobre “fim de vida: cuidados paliativos e eutanásia”, mostra que os portugueses preferem um investimento nos cuidados paliativos e não na eutanásia. De acordo com a Plataforma, “a esmagadora maioria de 85,3% de inquiridos refere que gostariam de ter acesso a cuidados paliativos num m
A poucas horas da discussão no Parlamento, os portugueses que discordam com a despenalização da eutanásia podem e devem participar nas iniciativas de manifestação previstas contra este passo legislativo. Hoje, a partir das 21h30, a Federação Portuguesa pela Vida e o movimento “Toda a vida tem dignidade” organizam“vigílias civis”, em vários pontos do país e estrangeiro.
Amanhã, 29 de maio, dia em que se discutem e votam na generalidade os quatro projetos de lei apresentados pela PAN, BE, PS e PEV, a concentração é em Lisboa, a partir das 13h00, em frente ao Palácio de São Bento, mostrando aos deputados que o país precisa de leis que defendam e promovam a vida com dignidade em todos os momentos e circunstâncias e não leis que legalizem a morte assistida.
A Rede Mundial de Oração do Papa (RMOP) reitera a sua posição claramente contra a legalização da eutanásia e quaisquer outros atentados à dignidade da vida humana e apela a todos os cristãos que se mobilizem de modo a mostrar aos deputados os efeitos graves e irreversíveis da eventual aprovação de uma lei desta natureza.