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Jovens de todo o mundo manifestam-se pela defesa da casa comum

A Encíclica Laudato si’ fez quatro anos no dia 24 de maio. A data foi assinalada por jovens católicos de todo o mundo com uma greve climática, convocada pela jovem ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que em abril deste ano se encontrou com o Papa Francisco, recebendo o seu apoio para a luta pelo futuro global.

Em Portugal, a greve climática aconteceu em Lisboa e mobilizou cerca de cinco mil jovens apostados no cuidado da casa comum.

Geração Laudato si’, coordenada pelo Movimento Católico pelo Clima, também expressou publicamente a sua preocupação com a defesa do planeta.

“A crise climática tem trazido sofrimento, destruição e conflitos para a família humana, em especial os mais pobres. Estamos no meio de uma extinção em massa, com até 200 espécies extintas a cada dia que passa, devido à destruição sem precedentes dos ecossistemas. O nosso ar, as nossas terras e águas estão poluídas, e o espaço natural vai desaparecendo”, alertam os jovens católicos, que pedem “que os líderes da Igreja e das nações tomem decisões no mundo político para mudar esta história”.

Esta Geração espera que a comunidade internacional seja capaz de acolher “decisões difíceis”, “capazes de mudar o curso da história e proteger o planeta”.

A Santa Sé, pela voz do cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, manifestou o seu apoio a esta iniciativa dos jovens, convidando a ouvir o “grito dramático da comunidade científica e dos movimentos dos jovens pelo clima»” perante um futuro ameaçado.

O cardeal Peter Turkson assinalou que “ainda há tempo para agir e evitar os piores efeitos da mudança climática”.

Numa mensagem à comunidade científica, os responsáveis do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral falam na limitação do aquecimento global a 1,5 graus celsius como uma obrigação “moral” e “religiosa”.

O cardeal Peter Turkson recorda que o mundo que estamos a destruir é um “dom de Deus para a humanidade” e diz que esta meta “é a última oportunidade” para salvar os países mais pobres “e os muitos milhões de pessoas vulneráveis nas regiões costeiras”.

As propostas de líderes e organizações católicas, tendo por base a encíclica Laudato si’, apelam a uma limitação do aquecimento global a 1,5 graus celsius; à adoção de estilos de vida sustentáveis; ao respeito pelas comunidades indígenas; ao fim da era dos combustíveis fósseis, com transição para formas renováveis de energia; e à reforma do sistema agrícola, para um fornecimento saudável e acessível de alimentos para todos.

Em fevereiro de 2016, O Vídeo do Papa convidava todos os cristãos e pessoas de boa vontade a cuidar da criação.

 

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