A Agência Fides, do Vaticano, revela que, em 2017, 23 agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados (13 sacerdotes, um religioso, uma religiosa e oito leigos). O maior número de mortes aconteceu na América, onde ocorreram 11 assassinatos. Em África, registaram-se 10 mortes e na Ásia contabilizam-se dois falecimentos. A maior parte das mortes aconteceu após tentativas violentas de assalto.
Em dezembro, na Nigéria, três catequistas foram mortos num ataque terrorista que aconteceu na Igreja de Pulka (diocese de Maiduguri), no nordeste do país. Duas mulheres fizeram-se detonar no exterior do templo, provocando a morte a Joseph Naga, de 56 anos, John Manye, de 38, e a Patrick, de 27. O atentado ocorreu na altura em que a comunidade se preparava para a visita do bispo de Maiduguri, D. Oliver Dashe Doeme.
Também na Nigéria, seis irmãs da Congregação do Coração Eucarístico de Cristo foram sequestradas em novembro, numa altura em que se encontravam no convento situado em Iguoriakhi.
O Papa Francisco chamou a atenção da comunidade internacional para a situação delicada em que a comunidade cristã da Nigéria se encontra, permanentemente ameaçada pelo grupo islamita Boko Haram, que pretende instaurar um califado na região.
Perseguição no Paquistão, Índia e Bélgica
Entretanto, um ataque bombista feito pelo Estado Islâmico contra uma igreja metodista no Sudoeste do Paquistão, em dezembro, provocou pelo menos dez mortos e uma dezena de feridos, sete dos quais em estado crítico, numa altura em que se reuníam 400 fiéis em oração.
Na Índia, no final de 2017, cerca de três dezenas de seminaristas foram presos, numa zona rural do país, por entoarem cânticos de Natal pelas ruas. Foram, entretanto, libertados.
Na Bélgica, o Comité Provincial da Cruz Vermelha de Liège mandou retirar, no final do ano passado, todos os crucifixos existentes nas instalações da instituição. Este pedido foi justificado com a necessidade de respeitar os princípios da Cruz Vermelha de não distinção de raça ou credo. Os voluntários e outros membros da instituição manifestaram o seu desagrado.
Mensagem de esperança
No vale de Nínive, no Iraque, a igreja de São Jorge reabriu ao culto em dezembro com uma Eucaristia presidida pelo arcebispo de Erbil, D. Bashar Warda. Esta é a primeira igreja reconstruída depois da libertação da região. D. Bashar Warda realça que a celebração foi “uma mensagem de esperança e de vitória” perante o Estado Islâmico, que quis “eliminar a presença cristã” no território.
