D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, é um dos 14 novos cardeais que o Papa vai nomear no próximo consistório, marcado para o dia 29 de junho, data em que a Igreja celebra a solenidade litúrgica de S. Pedro e S. Paulo.
A decisão do Santo Padre apanhou de surpresa e comoveu o bispo de Leiria-Fátima, que vai escrever uma carta a Francisco a manifestar gratidão e disponibilidade para tudo que lhe for pedido.
“Nunca me passou pela cabeça que iria ser nomeado cardeal. Fui apanhado completamente de surpresa. A minha recente nomeação para cardeal apanhou-me de surpresa um pouco antes de celebrar a eucaristia das 11h30 na Sé de Leiria”, disse aos jornalistas, D. António Marto, numa conferência de imprensa que teve lugar logo após ter sabido que foi nomeado para o Colégio dos Cardeais.
A notícia foi recebida via ‘voice mail’, com uma mensagem deixada pelo “núncio apostólico, que tinha acabado de ouvir a nomeação dos cardeais através da televisão”.
“É um serviço que a Igreja me pede e nunca o neguei, encontrei a tranquilidade de espírito nesta atitude da minha disponibilidade de colaborar com o Santo Padre nesta nova responsabilidade e neste novo serviço que ele me pede”, afirmou.
D. António Marto espera continuar a servir a Igreja em Fátima e considera que as celebrações do Centenário das Aparições e a dimensão da Igreja que aqui se vive terão influenciado a escolha de Papa.
A Rede Mundial de Oração do Papa – Portugal congratula-se com a nomeação de D. António Marto para cardeal e reza pelas suas intenções, bem como pelas da sua diocese de Leiria-Fátima.
Biografia:
Nascido a 5 de maio de 1947, em Tronco, concelho de Chaves, D. António Augusto dos Santos Marto estudou nos seminários de Vila Real e do Porto, sendo ordenado padre em Roma no ano de 1971, como presbítero da diocese de Vila Real.
Estudou Teologia Sistemática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (de 1970 a 1977), onde fez o doutoramento, com a tese: “Esperança cristã e futuro do homem. Doutrina escatológica do Concílio Vaticano II”.
Foi formador de candidatos ao sacerdócio no Seminário Maior do Porto e exerceu atividade docente no âmbito da Teologia, tendo sido diretor-adjunto da respetiva faculdade da Universidade Católica.
Foi nomeado bispo em 2000, por S. João Paulo II, tendo escolhido para lema episcopal: “Servidores da vossa alegria” (2 Coríntios 1,24). Foi bispo auxiliar de Braga de 2001 a 2004 e bispo de Viseu desde então até 22 de abril de 2006, quando recebeu, por parte de Bento XVI, a nomeação para bispo de Leiria-Fátima.
Foi delegado da Conferência Episcopal na Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) de 2011 a 2017. Foi vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa entre 2008 e 2011 e desde 2014.
Texto: Redação/Renascença/Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Foto: Santuário de Fátima