No quarto consistório convocado pelo Papa Francisco, cinco novos cardeais, oriundos do Mali, Espanha, Suécia, Laos e El Salvador, juntaram-se ao Colégio Cardinalício com a missão de “olhar para a realidade” e servir quem mais precisa “sem se julgarem príncipes”.
“Jesus segue à vossa frente e pede-vos que o sigais decididamente pelo seu caminho. Chama-vos a olhar para a realidade, não vos deixando distrair por outros interesses, por outras perspetivas”, declarou o Papa Francisco na homilia da celebração que decorreu na Basílica de São Pedro. “A realidade é a dos campos de refugiados, que às vezes lembram mais um inferno do que um purgatório; a realidade é o descarte sistemático de tudo o que já não é útil, incluindo as pessoas”, acrescentou.
Os novos cardeais são D. Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, Espanha; D. Gregório Rosa Chávez, bispo auxiliar da Diocese de San Salvador, El Salvador; D. Anders Arborelius, bispo de Estocolmo, Suécia; D. Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun, vigário apostólico de Paksé, Laos; e D. Jean Zerbo, arcebispo de Bamaco, Mali.
O Colégio Cardinalício conta, agora, com 119 cardeais eleitores. Destes, 15 cardeais têm origem na Ásia, 15 na África, 17 na América Latina, 17 na América do Norte, 4 na Oceânia e 51 na Europa.
Portugal é representado por D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, e por D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, ambos cardeais eleitores, e ainda por D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos.
O último consistório realizou-se em novembro de 2016 e nomeou 17 novos cardeais, 13 dos quais eleitores.