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Alterações climáticas pedem “consciência responsável”

Na esperança de que os trabalhos possam catalisar a “tomada de consciência” e “consolidar a vontade de tomar decisões efetivas para contrariar o fenómeno das alterações climáticas que combatam, ao mesmo tempo, a pobreza e promovam o verdadeiro desenvolvimento humano como um todo”, o Papa Francisco enviou uma Mensagem aos participantes na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as alterações climáticas, COP23, realizada, em Bona, na Alemanha.

Recordando o momento histórico da adoção do Acordo de Paris, vivido há quase dois anos, o Santo Padre sublinha a atual necessidade de “definir e construir linhas orientadoras, regras e mecanismos institucionais” ao “mais alto nível de cooperação” para seguir o caminho do modelo de desenvolvimento económico de baixo consumo de carbono ou livre de carbono, “encorajando a solidariedade” e “combatendo as alterações climáticas e a pobreza”.

Os participantes na conferência têm pela frente a tarefa de “definir como vamos construir o futuro do planeta”, afirma o Sumo Pontífice. “Precisamos de uma mudança que nos una, porque as mudanças climáticas que experienciamos, e as suas raízes humanas, dizem-nos respeito e afetam-nos a todos”, reitera o Papa, identificando “armadilhas” que podem prejudicar os esforços de quem procura soluções concretas para a crise ambiental: “a negação, a indiferença, a resignação confortável e a confiança cega nas soluções tecnológicas, que, às vezes, são inadequadas”.

Recordando o alerta deixado na Mensagem enviada ao COP 22, conferência da ONU sobre as alterações climáticas que teve lugar, no ano passado, em Marraquexe, em Marrocos, o Papa Francisco salienta que “não nos podemos limitar à dimensão económica e tecnológica” do problema: “É essencial e desejável considerar cuidadosamente os impactos éticos e sociais a curto, médio e longo prazo”. Tendo em vista alcançar um nível de “‘consciência responsável’ pela nossa casa comum”, o Santo Padre pede que se preste especial atenção à educação, aos estilos de vida, que se devem basear numa “ecologia integral”.

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