Chegámos ao final de uma etapa neste caminho sinodal, que não culmina, mas continua como um estilo de vida, no qual Francisco nos chama à comunhão e à participação de todos, porque a missão é partilhada entre sacerdotes, religiosos e leigos. O Papa fala-nos de três virtudes sinodais a cultivar:
– “Pensar segundo Deus” (Mc 8, 32). O que nós como grupo temos em mente é realmente o “pensamento de Deus”? Lembremo-nos de que o protagonista do caminho sinodal é o Espírito Santo… Só Ele nos ensina a escutar a voz de Deus, individualmente e como Igreja. Deus é sempre maior do que… as “modas eclesiais” do momento.
– “Superar todo o fechamento” (Mc 9, 38). Cuidado com a tentação do “círculo fechado”, (isto é), deixar-se bloquear pelo medo de perder o próprio sentido de pertença e identidade, por se abrir a outras pessoas e a outras formas de pensar, sem reconhecer a diversidade como oportunidade, não como ameaça. Deixemo-nos impressionar, tocar ou até “ferir”, pela voz, pela experiência e pelo sofrimento dos outros… Abertos, de coração aberto.
– “Cultivar a humildade” (Mc 10, 44-45). Só o humilde realiza grandes coisas na Igreja, pois tem uma base sólida, fundada no amor de Deus, que nunca falha, e por isso não procura outros reconhecimentos. Valoriza os outros e acolhe a sua contribuição, o seu conselho, a sua riqueza interior, fazendo emergir não o “eu”, mas o “nós” da comunidade… É o humilde que defende a comunhão na Igreja, evitando separações, superando tensões, sabendo pôr de lado até as próprias iniciativas, a fim de contribuir para projetos comuns, e isto porque no serviço encontra alegria, não frustração nem rancor”.
É precisamente este o nosso contributo eclesial a partir da “Rede Mundial de Oração do Papa através do nosso itinerário espiritual ‘O Caminho do Coração’, no qual ‘somos convidados a uma missão de compaixão pelo mundo, orando e mobilizando-nos pelos desafios enfrentados pela humanidade e pela missão da Igreja’. Isto significa deixarmos cair os nossos ‘escudos’ e derrubar as nossas ‘paredes’, para sair da indiferença e entrar numa ‘cultura do encontro’. Estando completamente unidos ao Coração de Jesus poderemos, com Ele, abrir-nos cheios de confiança (…). Os seguidores de Jesus, não levamos a missão por diante de qualquer maneira, fazemo-lo com o estilo de Jesus. Assim, é o Caminho do Coração que nos ajuda a sintonizar com as atitudes e os sentimentos de Jesus e a sair ao encontro dos irmãos”. (ECC 8)
O teu estilo, Senhor, é contar com todos, acolher todos, porque confias na tua obra dentro de nós. Ajuda-nos a sentir que a tua missão é responsabilidade partilhada, e não apenas tarefa de alguns, porque ninguém é mais importante, todos fazemos falta porque Tu nos amas e nos chamas.
Equipa Editorial Internacional
Rede Mundial de Oração do Papa
Fotografia © Click To Pray