O diretor nacional da RMOP – Rede Mundial de Oração do Papa, P. António Sant’Ana, sj, considera que a iniciativa quaresmal de oração e reconciliação 24 Horas para o Senhor, que decorre sexta e sábado, dias 8 e 9 de março, em todas as dioceses do mundo, é “uma oportunidade de nos aproximamos de Deus e experimentamos a sua misericórdia e o seu perdão”.
Em entrevista à Ecclesia, transmitida na RTP2, o P. António Sant’Ana, sj sustentou que, “quando exercitamos ou experimentamos a misericórdia e o perdão de Deus, depois podemos também nós exercitá-la junto dos outros. Se não experimentamos o perdão, dificilmente depois ganhamos esta agilidade de saber perdoar os outros”.
“Sendo 24 horas, esta iniciativa permite que cada um, dentro do seu horário, possa aproximar-se de uma Igreja para experimentar um bocadinho deste tempo que é diversificado” e nos convida a um “respiro interior”, referiu o diretor da RMOP-Portugal, lembrando que, para além do tempo individual de oração, os subsídios para estes dias prevêem uma Celebração da Palavra, Adoração Eucarística e um Exame de Consciência, para nos preparamos para a confissão.
Confissão é o update do amor gratuito de Deus
O P. António Sant’Ana, sj recordou que “a confissão é um update (atualização) do amor gratuito de Deus que nos recria” e o perdão “o grande toque do amor de Deus”.
Em entrevista, o também coordenador europeu da RMOP reforçou a ideia de que as 24 Horas para o Senhor constituem um desafio à interioridade, uma vez que a azáfama do dia a dia impede o silêncio, que “é uma coisa bonita, mas exigente”, já que confronta cada um com a “pequenez”, “fragilidades” e “carências”.
“Quem olha para dentro de si e encontra a sua pequenez, depois é mais benevolente com a pequenez dos outros, quem treina a sua paciência é mais paciente com os outros, quem faz a experiência no seu pecado de ser perdoado por Deus, depois é mais brando também nas dificuldades das outras pessoas”, concluiu.
Subsídio pastoral
O Dicastério para a Evangelização disponibilizou um subsídio pastoral, com o intuito de “oferecer algumas sugestões para que as paróquias e comunidades cristãs se possam preparar para viver esta iniciativa”, que é composto por uma reflexão sobre o sacramento da Reconciliação.
A segunda parte deste material inclui sugestões para o tempo de abertura da Igreja, para que aqueles que ali se confessam possam ser ajudados na oração e meditação através de um percurso baseado na Palavra de Deus.
