Esta semana, temos vindo a meditar sobre as transformações e a conversão de coração que parte da nossa própria condição de Filhos. Somos conduzidos à esperança. Somos chamados à comunhão dos santos. Neste sentido, a parábola que a liturgia desta sexta-feira propõe – a parábola dos vinhateiros homicidas – vem ajudar-nos a concluir a meditação desta semana de modo muito prático.
Através desta parábola tão intensa, somos convidados a colocar o nosso imaginário em ação. A cheirar o sangue que jorra das mãos dos vinhateiros. Somos chamados a refletir sobre a nossa avareza. É espantoso como a avareza pode matar. O desejo de domínio e a ganância podem afastar-nos dos outros. A avareza cegou os vinhateiros homicidas, como muitas vezes nos cega. A cobiça desmedida seca os terrenos mais fecundos. A avareza desumana seca os corações mais férteis. E esses corações são incapazes de dar fruto. E precisam de ser transformados. Precisamos de ser transformados e transfigurados. Pela presença de Jesus na nossa vida. Só deste modo seremos fecundos e a nossa vida frutificará na vida dos outros.
Oração
Ajuda-me, Senhor,
a transformar o meu coração,
a libertar-me de tudo o que me prende,
da minha avareza e ganância,
de tudo o que impede de me aproximar de Ti.
Desafio da Semana – para reter no coração…
Depois de termos trazido até nós, durante esta semana, um exemplo de santidade, concluamos este desafio com estas palavras do Papa Francisco: “a santidade é o rosto mais bonito da Igreja, o aspeto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Então, compreende-se que a santidade não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão”.