Domingo XXXIII do Tempo Comum – Ano C / Dia Mundial dos Pobres
Neste penúltimo domingo do ano litúrgico (Ano C), a mensagem que nos é dirigida é a do caráter efémero, passageiro, de tudo o que é terreno. Tudo passa: as belezas e fealdades, os luxos e a miséria, a riqueza e a pobreza, o poder, a fama e os êxitos fugazes. Acabam as doenças, as catástrofes, as guerras sem sentido, a tirania e a escravidão, a exploração e a lisonja. Estamos informados e fomos prevenidos, mas preferimos esquecer ou ignorar.
Somos convidados (Salmo) a cantar e exultar de alegria, apesar de toda a insegurança dos meios humanos de que dispomos. O Evangelho anima-nos e incita-nos a manter a serenidade e a confiança: «Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». A meta da caminhada neste mundo é o Encontro com o Amor eterno de Deus Pai. Jesus Cristo apela a que perseveremos na fidelidade ao seguimento da sua pessoa que não nos atraiçoa.
A lamparina junto ao sacrário, sinal que nos recorda a proximidade de Cristo, Luz do mundo, abre-nos o coração e os olhos da fé, e escutamos as palavras de vida: «Não vos deixeis enganar…; não vos alarmeis…; nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá…; pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». Momentos de perseguição são oportunidade para darmos testemunho. O Senhor inspirará a forma como conduzirmos a nossa defesa, prometeu que será o Espírito a falar por nós.
O fim é futuro, não sabemos nem o dia nem a hora. Vivamos o «aqui e agora», cumprindo diligentemente o dever do trabalho, sendo este o programa para o dia a dia: confiar em Deus e fazer o bem.
Tudo passa. Só Deus fica, só Deus basta, só Deus não passa. O testemunho que somos enviados a transmitir é o de não desistirmos de acreditar na bondade dos caminhos do Senhor, dedicarmo-nos inteiramente a retribuir amor com amor, apregoando, com obras, que viemos ao mundo, como Jesus, não para ser servidos, mas para servir e dar a vida pelos irmãos.
Mal 3, 19-20a / Slm 97 (98), 5-9 / 2 Tess 3, 7-12 / Lc 21, 5-19





