Domingo XXIX do Tempo Comum – Ano C / Dia Mundial das Missões
Deus não pode deixar de escutar os que «por Ele clamam dia e noite». Foi o que escutámos no Evangelho. Somos exortados a «orar sempre, sem desanimar». Deus tem os ouvidos sobre o nosso coração. Nós tenhamos o nosso coração e as nossas preces junto dos ouvidos de Deus!
Desde o acordar, pela manhã, ofereçamos ao Senhor o nosso dia com as suas orações, os seus trabalhos, as suas alegrias e sofrimentos que, ao longo das horas, irão sucedendo na jornada. Será a forma de orientarmos por e para Deus a rotina do quotidiano. Procuremos renovar a intenção de sermos fiéis a esse programa de trazermos o Senhor para o caminho encetado. Dessa maneira, recorreremos a Ele com insistência, confiança e determinação, sem desistirmos de acreditar que vamos acompanhados por Jesus / Deus connosco e que Ele nos ajudará a perseverar nos bons propósitos.
A Palavra de Deus ensina, persuade, corrige e forma segundo a justiça (2.ª Leitura). É escutando a palavra divina que haurimos a consciência e a decisão de rezar, perdoar, interceder pelos outros, guiados pela fé que é dom de Deus a nós concedido como fruto da oração e que nos envia a servir o próximo, impulsionados pela caridade.
Rezar consiste em falar com o Senhor como se dialoga com um amigo. A oração fortalece-nos para executarmos o bem possível, deixando que o amor omnipotente de Deus faça aquilo que ultrapassa as capacidades humanas.
A oração é a arma dos pobres e indefesos. «O nosso auxílio vem do Senhor que fez o céu e a terra». A oração é a força que vence a Deus. Juntamente com a de louvor e de ação de graças, cultivemos, com ousadia e insistência, a oração de petição, inspirados no próprio Jesus que nos ensinou o Pai-Nosso. Temos n’Ele o modelo perfeito, pois sabemos, pelo Evangelho, que rezava muitas vezes, por vezes pela noite dentro e de madrugada, nomeadamente antes de episódios muito importantes como, por exemplo, a escolha dos Doze «para andarem com Ele e serem enviados a pregar…» (Mc 3, 14).
Mais do que por nós mesmos, intercedamos pelos nossos irmãos. São Paulo aconselha que «se façam súplicas, orações, petições, ações de graças, por todos os homens… por todos os que estão constituídos em autoridade» (1 Tim 2, 1-2). Fomentemos também a oração comunitária, pois «se dois ou mais de vós se unirem entre si sobre a Terra a pedir qualquer coisa, esta lhes será concedida por meu Pai que está nos Céus. Porque onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles» (Mt 18, 19-20).
Ex 17, 8-13 / Slm 120 (121), 1-8 / 2 Tim 3, 14 – 4, 2 / Lc 18, 1-8