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Por quem perdeu um filho

Novembro 2024 – Intenção do Papa

Rezemos para que todos os pais que choram a morte de um filho ou filha encontrem apoio na comunidade e obtenham do Espírito consolador a paz de coração.

ORAÇÃO

Maria,
tu que és Mãe de todos,
acolhe no teu coração quantos passam
pela dor da morte de um filho.
Tu conheces a dor da perda,
na Sexta-Feira Santa,
o sabor da ausência e o silêncio
no sábado de espera.
Não há palavras que encham o vazio;
é um adeus que esperará sempre
a ressurreição do domingo de glória.
Acreditamos nesse dia, como Maria nele acreditou,
e esperamos o reencontro definitivo.
Mas enquanto isso não chega,
para os que sofrem esta dor,
pedimos o Espírito consolador,
capaz de dar vida onde há morte
e de pôr a caminho os que estão caídos.
Dá-nos a graça de sermos comunidades que
acolham e apoiem os pais
que perderam um filho, sendo anúncios vivos
da vida definitiva que os alcançará.
Ámen.

O Papa, durante este mês, pede que rezemos para que todos os pais que choram a morte de um filho ou filha encontrem apoio na comunidade e obtenham do Espírito consolador a paz de coração.

Sobreviver ao próprio filho ou filha é a maior dor para uma mulher ou um homem: uma parte da pessoa morre com eles. A dor não desaparece, mas pode ser mais suportável com a ajuda de uma comunidade – que não a faça sentir-se sozinha – e do Espírito consolador, que der
rama paz no seu coração ferido.

Os pais que perderam um filho experimentam frequentemente uma série de emoções, que incluem comoção, incredulidade, ira, culpa e tristeza profunda. Podem ter dificuldade em encontrar significado e sentido para a vida e podem sentir que parte deles morreu com o seu filho. A dor e o luto podem ser tão avassaladores que pode ser difícil concentrar-se em qualquer
outra coisa ou participar nas atividades quotidianas.

A comunidade, e de modo particular a Igreja, pode desempenhar um papel importante no apoio aos pais neste processo doloroso. Além da graça e do consolo provenientes dos sacramentos e das orações oferecidas pelos defuntos, pode também ser uma presença atenta e compassiva junto dos pais enlutados.

As comunidades e as Igrejas podem mesmo criar grupos de apoio para pais em luto, proporcionando um espaço seguro e de ajuda para partilharem a sua dor e serem apoiados por outras pessoas que entendem a sua dor. Rezar por estes pais, à medida que passam pelo processo da dor, porque, em última instância, é o Espírito Santo quem traz paz, consolação e tranquilidade aos seus corações. São processos longos, que devem ser acompanhados no tempo, quando as ausências se fazem sentir.

ATITUDES

Consolar
Deixa que a tua vida seja atravessada pela luz do Ressuscitado, para que Jesus, através de ti, console os que sofrem o luto por algum filho.

Apoiar na dor
Alimenta a tua fé e a tua esperança em Jesus ressuscitado, para poderes sustentar os outros. Quem, na tua família ou à tua volta, precisa do teu testemunho?

Fazer-se próximo
Estreita o vínculo com quem chora a morte de algum filho ou de algum ente querido. A tua proximidade e afeto suavizará um pouco essa dor.

Rezar juntos
Acompanha os que choram a morte de um familiar rezando com eles, especialmente se é um filho.

Favorecer caminhos de paz
A Mãe de Jesus ao pé da Cruz conhece a dor das mães. Pede, com a tua comunidade, a Maria que pacifique o coração de quantos choram a morte de um filho.

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