A Via-Sacra prevista para esta sexta-feira à tarde, na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, começou a ser pensada há três anos, em articulação com o Dicastério dos Leigos e da Família, e tem como tema a vulnerabilidade, associando a narrativa da paixão de Jesus (condenação e morte) às fragilidades do mundo atual, não como uma descrição trágica mas como uma experiência que vivida a partir da fé, pode abrir janelas de luz, de esperança e de recomeço.
Alguns pormenores sobre o evento foram adiantados hoje em conferência de imprensa pelo P. João Goulão, sj, sacerdote jesuíta que integra a equipa organizadora da Via- Sacra. De acordo com o P. João Goulão, foram auscultados jovens dos cinco continentes sobre as fragilidades que mais sobressaem nos seus territórios: guerra, solidão, exclusão social, precaridade laboral, desemprego, mundo digital, etc. O objectivo é que todas “as vidas ganhem luz a partir deste grande momento de oração”, referiu.
Todo o cenário foi montado no sentido de “iluminar a fragilidade a partir da fé”, mostrando que, tal como diz o Papa Francisco, é importante “não ter medo da espiritualidade do recomeço”, apontou o sacerdote jesuíta.
O P. João Goulão, sj sustentou que “é sempre possível recomeçar” , as grandes questões da vida de cada um e da sociedade em geral não se resolvem com “tabelas de excel e leis da eficácia”. É preciso “tempo, caminho e processo”.
Espera-se um grande momento contemplativo, com encenações, música e coreografias, enriquecido com painéis da autoria do P. Nuno Branco, sj.