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Catequistas de Chaves fazem travessia do Coração

O sábado, dia 3 de fevereiro, amanheceu soalheiro em Chaves. À hora marcada, pelas 10h00, na Casa Santa Marta, depois da oração inicial, eu e mais cerca de 50 catequistas da paróquia de Santa Maria Maior e alguns de paróquias vizinhas, ousamos fazer a travessia do Coração.

Apesar de tímidos, mas também expetantes e até um pouco ansiosos, não nos deixámos vencer pelo receio e arriscamos uma paragem… Inicialmente, é verdade, com um pouco de temor pelo desconhecido, mas superado pela curiosidade e, sobretudo, pelo desejo de um encontro mais profundo connosco próprios e com Deus.

Parámos, procurando silenciar as muitas vozes que ecoavam no nosso ser e mergulhamos no profundo de nós mesmos para escutarmos o coração – o nosso e o de Jesus.

Conduzidos pela mão do padre António Sant’Ana, sj e do irmão José da Silva Almeida, sj a uma maior proximidade ao Coração de Jesus, doce e humilde, deixando-nos configurar aos seus sentimentos, fomos fazendo caminho e a cada passo fomos ficando mais perto do Coração do verdadeiro Amor.

Com alegria e determinação, percorremos os nove pontos do itinerário do Caminho do Coração e gradualmente fomos conduzidos ao compromisso pessoal com Jesus, a assumir a sua missão de compaixão pela humanidade. Intimamente unidos a Ele e à missão da Igreja, fomos convidados a fazer nossas as alegrias e dores da humanidade, alavancados na oração e no serviço, ao sopro do Espírito Santo – o “intérprete do Coração de Jesus”.

De passo em passo, entre tempos de oração pessoal e partilha em grupo, o entusiasmo em aprofundar o itinerário foi crescendo e fomos percebendo paulatinamente a origem do ser – o Amor, a inquietude e a condição de necessitados do perdão de Deus.

Ao tocar o mundo com o coração de Cristo, tocámos também as suas feridas e os seus desafios. E como não reconhecer e agradecer o dom da Salvação e da irmandade em Cristo?

Escasseiam as palavras para descrever os sentimentos experimentados e, sobretudo, a grandeza do amor com que fomos e somos abraçados no quotidiano das nossas vidas.

Habitados por Cristo, pela força da sua graça, ficou o desafio do compromisso – novo ou reafirmado – à oferta de vida, por Cristo, com Cristo, em Cristo, em cada Eucaristia, para a missão de compaixão pela humanidade e pela missão da Igreja.

Ao finalizarmos a nossa jornada profunda, pelas 17h30, partimos felizes, tocados pelo Amor Maior e mais comprometidos com a missão em Rede de sermos, na Igreja e no mundo, presença de Jesus que acolhe, aconchega e enfaixa as feridas de quem espera ser reconhecido e amado.

Como catequistas, partimos mais conscientes da necessidade de abeirarmos o nosso coração ao Coração de Jesus e da mais-valia em proporcionar aos nossos catequizandos o Caminho do Coração, para que também eles possam experimentar o amor desmedido de um Deus que nos ama sem limites e só deseja a felicidade de cada um.

Testemunho de Olímpia Mairos

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