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Prevenção e combate aos incêndios é uma causa cristã e humana

A Conferência Episcopal Portuguesa aprovou uma Nota Pastoral relacionada com a proteção de terrenos e florestas, de modo a prevenir os incêndios e a tornar mais eficaz o combate aos mesmos.

«Para a mudança de mentalidade e hábitos sociais, tão necessária para a prevenção e o combate aos incêndios», é necessário «mobilizar toda a sociedade, nas suas diversas instâncias»: Estado, Igreja, autarquias, escolas, órgãos de comunicação social, associações e instituições diversas.

O empenho de todos deve acontecer «de forma concertada», afirmam os bispos, que fazem um apelo às comunidades cristãs, no sentido de comprometerem «os seus membros nesta causa que é tão cristã quanto humana».

No documento, aprovado na Assembleia Plenária em finais de abril, afirma-se que na origem de muitos incêndios «estão comportamentos criminosos», intencionais ou negligentes, pelo que é necessário «apurar não apenas as causas da dimensão desta prática», mas também «detetar e combater interesses que dela possam beneficiar».

«A punição dos responsáveis, diretos ou indiretos, por tais crimes é não só uma exigência de justiça, mas deve servir também de mensagem dissuasora contra tais condutas. Não se esqueça porém que a ação das entidades políticas e judiciárias depende em muito da colaboração dos cidadãos com informações relevantes para provar esses factos. Haja a coragem de as prestar».

A Nota Pastoral lembra ainda a importância de respeitar, apoiar e seguir medidas de prevenção, designadamente relacionadas com a limpeza das matas e o ordenamento do território. «E tratando-se de propriedades do Estado, seja este o primeiro a dar o exemplo no cumprimento das exigências que impõe».

Os bispos portugueses elogiam o trabalho daqueles que vigiam as florestas e o dos bombeiros, no combate aos incêndios, louvando também «as inumeráveis iniciativas e manifestações de humanismo e solidariedade» que, por exemplo em casos de perda de habitações e outros bens, têm surgido.

«Ainda existe, como de resto sempre existiu, o sentido do bem comum, absolutamente necessário para a prevenção e o combate aos incêndios. Há que promovê-lo e alargá-lo de tal modo que se torne dominante em toda a sociedade».

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