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Redescobrir a fé, renovar o entusiasmo

“Tende cuidado, irmãos, que não haja em nenhum de vós um coração mau, a ponto de a incredulidade o afastar do Deus vivo. Exortai-vos, antes, uns aos outros, cada dia, enquanto dura a proclamação do ‘hoje’, a fim de que não se endureça nenhum de vós, enganado pelo pecado”. (Hebreus 3, 12-13)

O Evangelho, dádiva de Deus que transforma o mundo, está hoje presente nos diversos campos da vida social, sejam eles físicos ou digitais. Temos bons exemplos disso, desenvolvidos pelo Rede Mundial de Oração do Papa/Apostolado da Oração, como o Passo-a-Rezar, o Click-To-Pray e O Vídeo do Papa.

Os novos media são espaços de acesso livre à informação e de interação e são, também, espaços de formação de consciências e de convergência de muitas dúvidas e expectativas. É aqui que passamos grande parte do tempo. É, portanto, este o meio oportuno para chegarmos ao coração de cada um.

Mas será que estas novas formas de propor a fé em Cristo alcançam todos os potenciais interessados, em especial aqueles que deixaram o seu coração endurecer e se afastaram da fé?

Dados recentemente publicados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e pelo Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião indicam que, atualmente, 24porcento da população que vive na Área Metropolitana de Lisboa deixou de ser praticante, embora continue a acreditar em Deus, e a maioria dos inquiridos não falou sobre religião no último mês. Pode isto ser sinal do progressivo enfraquecimento da fé, do aumento da abordagem individualista da pertença à religião cristã, do declínio da prática religiosa devido ao desfasamento entre a transmissão da fé e as expectativas das novas gerações?

No seio de uma cultura sem fé e, por isso, frágil, vemos cada vez mais casos de isolamento, individualismo e ingratidão. Não se reconhece a Criação como dom de Deus, nem o privilégio que é usufruir e cuidar dela.

Perante um cenário de “apostasia silenciosa”, isto é, do tranquilo afastamento da fé em Cristo e do abandono da cultura cristã, sentimos, como profissionais de comunicação religiosa, a necessidade de contribuir para o reavivar da fé, pois esta corre o risco de se eclipsar nestes contextos culturais que impedem o seu enraizamento nas pessoas, a presença de Cristo na sociedade, a clareza do conteúdo da Palavra e a coerência dos seus frutos.

É preciso educar para o encontro com Deus, uma componente da vida humana que não põe em causa a sua liberdade. Pelo contrário, torna-a mais livre, mais harmoniosa e mais fraterna.

Espero que o trabalho que fazemos no âmbito da Rede Mundial de Oração do Papa possa contribuir para a redescoberta da fé por parte de muitos descrentes e que a proclamação da Palavra e a promoção da oração na vida quotidiana, hoje e sempre, consiga reconduzi-los à vida, à amizade com Cristo e à redescoberta da alegria de acreditar.

 

Betânia Ribeiro

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